quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

DINAMITE DESEJA UM FELIZ NATAL E FELIZ ANO NOVO!

Natal chegando e hoje começou o verão. Já sinto os pernilongos devorar minhas pernas.
E a coceira não me deixa afastar o calor com o vento das mãos. Ah o verão! Praia, pular ondas, comer muito e desejar que tudo melhore no próximo ano. Que as coisas se renovem e as pessoas mudem. De resto... É de resto a gente espera acontecer tudo isso de novo.

ps: Se o mundo não acabar em 2012
ps do ps: todo "ps" tem uma mensagem clichê, tipo "te amo".

Será que a gente tem voz?

Olá,
Pagar para estudar é uma escolha. Mas é uma vergonha aumentar sem nos oferecer resultado.
Assista o video ou coloca em algum lugar só pra gente ter "voz" com mais visualizações.
Obrigada.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Reto

- Qual seu nome?

- Ana Luíza.
- Luíza?
- É. Ana.
(
                      )

Estão seguindo reto. E reto se vai quando não há como desviar o caminho. No caso, os caminhos.
- Tá demorando pra chegar, né?
- Essas coisas demoram.
- Eu posso pegar na sua mão?
- Que?
- É que quando a gente tá acompanhada o tempo passa mais rápido. Mas deixa pra lá.
(

    


                     )
-  Não, não pode.

Eu pensei em olhar para trás só para ver se você estava me vendo ir, mas o vento mexeu meus cabelos e mostrou que os nossos caminhos são opostos e o meu é para frente, reto, cheio de subidas e descidas. E o seu é para trás. Atrás de mim, atrás do que eu vivo. E não, não pode vim comigo.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Da série sinceridades de um bipolar.

Minhas varições de humor e todo o resto. Sou eu. Não, eu sou


Mudei os móveis, mudei os sentidos.
Abram os ouvidos.

domingo, 20 de novembro de 2011

Próxima Parada

Estacionei.
Essa garagem me parece quente o suficiente para abrigar meus choros no travesseiro e meu medo de escuro. Você sabe que estou aqui. Esperando. Que aceitei o mundo, a queda, aceito o medo de escuro e o silêncio que faz quando a gente fica, espera, estaciona.
Meu estômago não sossega e eu sempre com essa vontade de vomitar.
As pessoas choram, eu vomito.
Também não é assim, sabe. Mas dói. O amor é lágrimas. Involuntário.
O mundo é involuntário. Vem, invade, pede. Blablablá.
Eu estacionei nessa garagem esperando você entrar toda imperativa, me dando alguma ordem que eu cumpro com o maior prazer. Prazer só de fazer alguma coisa pra te esperar, te obedecer, amor.
Eu estacionei, fiquei e você continua indo. Não vai.
E de noite eu espero, mesmo sabendo que você não vem, só pra ter saudade...
Mais vontade.

Enfiou o rosto e quase a cabeça toda no travesseiro e chorou. Só isso. Se é que chorar seja considerado "só".

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Balões.

Os dois eram o desencontro, que as vezes se encontra disfarçado de acaso e descaso.
-Saco.
Ele pedia para o destino colocá-la no caminho dele uma outra hora.
- Bêbados em alguma rua da Europa.
Ele sempre acordou de manhã com medo dessas expectativas  que as pessoas tem de si. Acordar com o mundo nas costas pesa.
Ela acordou hoje, dia de envelhecer, todos os dias são. Olhou na janela, deixou aberta para entrar a luz e trocou todos os móveis do quarto dele de lugar, mudando a vida.
- Eu nem sei muito o que te dizer. Eu pertenço a outro colo, outro carinho.
A história deles era tão complicada que até parecia amor. Sem explosão. E sem amar, só aquilo de querer sem muito saber o motivo.
-Tire esses olhos das minhas esquinas!
No mais, minha gente, "essa cidade não tem mar" e eu não sei escrever.
- Um dos prazeres poucos divulgados é esse de ver um rosto muito perto.

sábado, 5 de novembro de 2011

É preciso acreditar no amor, amando

Essa noite me apertei um pouco na minha cama, imaginando que estava dividindo um pedaço do que é meu com você, como a gente faz. A gente se faz. Eu acordei e senti que faltava algo pela manhã, talvez  um livro novo para ler ou aquele seu beijo de bom dia com os olhos cheios de sono.
E você pode até achar  exagerado como eu quero estar sempre perto, mesmo estando longe.
E você pode até achar engraçado  essa vontade que eu tenho de tornar tudo a minha volta lírico, bonito, mesmo que seja preciso transformar em dor. Te colocar como a minha idealização, paixão. E eu sou mesmo de colorir meu mundo, de desenhar meu mundo impossível.
Você é meu impossível brincando de ser possível. Meu pedaço de cama que sobra(impossível) e as vezes se preenche(possível).
A respiração que as vezes dorme na minha nuca, e os pés quentes que esquentam meus pés gelados.
O som que você sopra muda meu futuro.
Ah que saudades.
Será que você tem alguma ideia do que eu penso quando a gente não está tão perto?
É que é tanto amor, que eu já não me sinto vazia.

Bola branca.

- Viver  e não ter a vergonha de ser feliz, nãnãnããããã...
- Você devia aprender antes de cantar.

- O bolo tá pronto?
- Acho que sim, só o tempo dele esfriar.
- Olhou pra lua hoje?
- Eu sou míope.
- Porra e não enxerga a lua? - sorriu - É cega então.
- Não, é que tô bebada também.
- Tá cheirando.
- Tô cheirando bêbada?
- Não, o bolo.
- Ah sim, é de chocolate.
(silêncio)
- Mas o que tem a lua?
- Quando eu era pequena eu subia no telhado para ficar vendo a lua e planejava modos de chegar até ela. 
- E conseguiu?
- Uma vez. Eu não vejo a lua todos os dias, sabe? Mas sei que ela está lá. Acho que é porque tem muitos prédios na frente.
- Por isso é inevitável ver a lua na beira da praia.
- Deve ser.
- Como você fez pra chegar na lua?
- De escada rolante, sem pressa de chegar, sem ansiedade
(silêncio)
- A subida é longa, mas é tão bonita que não cansa.
- É bonita e é bonita.



domingo, 30 de outubro de 2011

Marcha soldado



"Retórica dos namorados, dá-me uma comparação exata e poética para dizer o que foram aqueles olhos de Capitu. Não me acode imagem capaz de dizer, sem quebra da dignidade do estilo, o que eles foram e me fizeram. Olhos de ressaca? Vá, de ressaca. É o que me dá idéia daquela feição nova. Traziam não sei que fluido misterioso e enérgico, uma força que arrastava para dentro, como a vaga que se retira da praia, nos dias de ressaca. Para não ser arrastado, agarrei-me às outras partes vizinhas, às orelhas, aos braços, aos cabelos espalhados pelos ombros, mas tão depressa buscava as pupilas, a onda que saía delas vinha crescendo, cava e escura, ameaçando envolver-me, puxar-me e tragar-me. Quantos minutos gastamos naquele jogo? Só os relógios do céu terão marcado esse tempo infinito e breve. A eternidade tem as suas pêndulas; nem por não acabar nunca deixa de querer saber a duração das felicidades e dos suplícios. Há de dobrar o gozo aos bem-aventurados do céu conhecer a soma dos tormentos que já terão padecido no inferno os seus inimigos; assim também a quantidade das delícias que terão gozado no céu os seus desafetos aumentará as dores aos condenados do inferno. Este outro suplício escapou ao divino Dante; mas eu não estou aqui para emendar poetas. Estou para contar que, ao cabo de um tempo não marcado, agarrei-me definitivamente aos cabelos de Capitu, mas então com as mãos, e disse-lhe,–para dizer alguma cousa,–que era capaz de os pentear, se quisesse."

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Também a dor tem suas hipocrisias

Eu nem sei mais e acredito em tudo que mais quero, pelo menos eu tenho ela pra me beijar. Me guardar em um abraço, acuando meu choro, acariciando meus cabelos, como se quisesse roubar toda minha dor para eu ficar bem.
Eu queria uma vida muito diferente dessa, mas "chega de querer, filha". Uma vez ouvi e vi um pai dizer isso para uma criança que carregava uma boneca e um sorvete derretido nos braços dentro de uma piscina de bolinha. Eu não me lembro muito bem o que ela queria, acho que ela queria era ficar ali babando sorvete nas bolas coloridas. Ou mudar de mundo e ir para o Carrossel. Imagine que legal subir em um cavalo e dar voltas ao mundo. Em ciclos e na próxima volta, depois que rodasse novamente e voltasse a vista do pai já estava grande.
Eu fico pensando se reclamo com bonecas e sorvetes nas mãos ou se minhas mãos estão vazias. Se quando eu completar essa minha próxima volta para enxergar (diferente de ver) meu pai e sorrir eu já esteja mais velha.
Eu ainda acredito em mim.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

30 segundos e todo o tempo do mundo. A ampulheta virada, com aquela areia verde, que nunca vi, contando os dias. Os nossos dias. Final de novela. Acréssimos do segundo tempo. Ultimo set. Mais cinco minutos e eu acordo.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Assunto: Aviso de um pedaço que apodreceu.

Oi.
Senti muito a morte da Branquinha. De ouvir ela chegar quieta nos lugares, com um miado leve como quem diz "oi" bem baixinho para não atrapalhar meus pensamentos.
Depois eu fico imaginando que todos os animais que morrem ficam no paraíso dos animais, vivendo livre. Um limbo lindo.
Longe da gente, de gente.
A última noite da Branca ela dormiu entre meus pés. E eu chorei. Estava um pouco frio. E você sabe que eu gosto quando algum corpo esquenta meus pés.
Lembro de uma das últimas vezes que eu chorei pela sua partida e ela veio se encaixar em mim, fazendo carinho com o corpo dela, esfregando as costas na minha perna.Parecia que ela sabia que eu chorava por você. E, engraçado, que ela soltou alguns miados diferentes, mais agudos, como se estivesse chorando também.Eu a abracei e minhas lágrimas molharam seus pêlos. Agora que eu choro de saudades dela, quero seu colo, pode ser?
Ela não saiu do meu lado aquele dia. E nunca vai sair.
Estou um pouco cansado, vou dormir.
Só quis te contar, afinal vocês se davam muito bem.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Escada rolante.

- Sabia que pra chegar no céu precisa de escada rolante?
- Como assim? O céu é lugar de preguiçoso?
- Não, é porque você tem que ficar atento para não enroscar os pés.
(silêncio)
- Daqui a pouco eu vou ficar com soluço.
- Como você sabe?
- Eu sei.
- Quer água?
- Não, vai passar. Eu não sou de sofrer sabe, mas as vezes a gente sofre infinitamente.
-  É quando dá esse nó na garganta, né?
- Não, eu só choro quando tô perto de alguém que eu confio.
- Eu tava falando do soluço.
- Me leva pra escada rolante?
- Acho que eu prefiro subir de elevador.

Prepara o bolo.

Hoje o Dinamite faz 3 anos.
Eu queria escrever algo muito bom, que faça as pessoas ficarei com os olhos brilhando, com gotas e a ponta do  nariz vermelho. Mas não consigo. O texto perfeito é aquele que deixa o nariz vermelho. E muda expressões, opiniões.
Obrigada a todo mundo que lê, já leu e ainda vai ler.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Planejou durante um tempo onde e quando iria ficar quando amasse.
Percebeu que não importa quando nem onde, mas apenas ficar.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Foto 3x4.

Imaginei uma flauta compondo minha trilha sonora, aos poucos, aos tons, aos minutos e soprando os segundos.
Depois uma roupa que não chame muita atenção, mas que me deixe diferente. Sem destaque.
Sem sotaque.
"Paulista não tem sotaque"
Foto 3x4 e muitas assinaturas.
Sou adulta e teimo em me achar jovem. Foco na juventude, sabe.
Minhas mãos estão vazias, sem nenhum eletrodoméstico para realizar as pessoas que querem que eu seja realizada.

***
E, sabe, se essas coisas não agradam o leitor, agradam muito menos o escritor. Ninguém gosta de escrever sempre o que dói ler.

domingo, 7 de agosto de 2011

"é fundamental que você escute todas as palavras, todas, e não fique tentando descobrir sentidos ocultos por trás do que estou dizendosim, eu reconheço que muitas vezes falei por metáforas, e que é chatíssimo falar por metáforas, pelo menos para quem ouvee depois, você sabe, eu sempre tive essa preocupação idiota de dizer apenas coisas que não ferissem, está bem, eu espero aqui do lado da janela, é melhor mesmo você subir, continuamos conversando enquanto o ônibus não sai, espera, as maçãs ficam comigo, é muito importante, vou dizer tudo numa só frase, você vai ……… ………… …………. ………… ………. ……….. …………. ………… ………… ………… ……… ……….. ………… ………… sim, eu sei, eu vou escrever, não eu não vou escrever, mas é bom você botar um casaco, está esfriando tanto, depois, na estrada, olha, antes do ônibus partir eu quero te dizer uma porção de coisasserá que vai dar tempo? Escuta, não fecha a janela, está tudo definido aqui dentro, é só uma coisa, espera um pouco mais, depois você arruma as malas e as botas, fica tranqüila, esse velho não vai incomodar você, olha, eu ainda não disse tudo, e a culpa é única e exclusivamente sua, por que você fica sempre me interrompendo e me fazendo suspeitar que você não passa mesmo duma simples avenca? Eu preciso de muito silêncio e de muita concentração para dizer todas as coisas que eu tinha pra te dizer, olha, antes de você ir embora eu quero te dizer quê."

Repara

Dor que não tem nome, mas quem machuca dói.


Eu sempre soube brincar, desde criança que eu brinco com o (todo) mundo e sem desaprender depois que cresci. Correr, competir e sorrir entre uma partida e outra. Entre uma respiração e a vontade de fazer xixi quando se esconde. De esperar o bonde do fôlego, do machucado no joelho e o roxo na perna esquerda sem saber de onde veio. Deixar os cabelos voando, uma bola rolando e suor escorrendo. A gente esquece de tomar água.
Mas está tão difícil, que nem a casa da minha Avó aconchega mais minha vontade de brincar. O céu está sempre nublado e eu fico me forçando a sorrir e prendendo essas lágrimas na garganta.

Fim jamais, finja mais.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Som.

A musica já te emprestou saudade?

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Retardados anônimos.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Meu grande amor...

A gente viveu muitos anos juntas, depois conforme eu fui crescendo, ela foi partindo.
Hoje ela passa algumas noites aleatórias comigo e com a ajuda da medicina ela vai embora de novo (e de novo, e de novo,...).
Eu nunca esquecerei, nem minha Mãe. Acho que ninguém da minha família. Ela nunca me fez feliz, mas nenhum grande amor faz.

Meu grande amor é uma doença. Chama Bronquite Alérgica. Lindo nome. Fui trocada pelo Broncodilatador. Dilata dor.

Gotas.

Quando eu era pequena eu gostava de seguir meu pai no supermercado, ficava ali olhando para onde meus olhos conseguiam alcançar seus cabelos brancos. Ele me proibia de ir na sessão dos congelados, porque eu tinha bronquite.
Meu pai olhava pouco para trás, mas sabia que eu estava lá. Quando tinha medo de que eu me perdesse, pedia para eu agarrar sua mão ou  na camiseta, que quase sempre era de algum time de futebol.
Hoje ele não tem mais esse medo e, indiretamente, até me pede para soltá-lo.


Eu o guardo na minha sessão de congelados.

terça-feira, 19 de julho de 2011


"Sou um bom ator. Fico confuso muitas vezes. Faço muitas coisas, e penso sobre elas. Tento simplificar. A vida é simples. Vejo as coisas assim: estamos aqui, agora. Ponto. Tudo o mais é distração — nosso cabelo, o que comemos, ouvimos. Tento simplificar o modo como vivo. Se me perguntam sobre dinheiro, digo: “Um dia não tive, outro dia tive um pouco…” Odeio ficar confuso. Tento simplificar, ser natural. É mais fácil. Não somos socialistas, religiosos, nada. Somos uma banda, só. Não quero confundir ninguém. A música é suficiente — ela contém a própria razão."
— Ian MacKaye

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Sabe, amor, quanto mais eu penso

mais você é minha (dú)vida.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

O coração parou de bater, já não pulsa. Ele só sangra.

Se hoje ela me mandasse embora, eu iria. Eu não sei mais se eu quero esse mundo, minha vida, meu amor.
Eu sonhei por alguns dias e voltei vazia, sem nada dentro. Sem ninguém dentro.
Hoje é um dia difícil, criei vários diálogos imaginários com as pessoas.
E sabe por que eu iria?
Porque eu preciso que alguém dê um rumo na minha vida por mim. Eu estou completamente perdida em mim. Não sei o que quero. Semana passada eu sabia, mas hoje eu quero alguma ordem ou condição que me leve a qualquer caminho, mesmo que não seja o nosso.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Carimbo.

Pedro ficou encantado com aquilo em sua folha, decidiu colocar em sua pele, sobre seus pêlos.
Era algo novo no velho, como sua irmã mais nova que ouve Beatles no Ipod.
Treze anos e ouve Beatles entre duas ou três músicas do Restart.
Uma tatuagem naquele  corpo de sabonete, leite derramado e cheiro de suor com perfume importado. Um  medo de arrependimento assombrava sua ideia de carimbar algo tão belo no braço esquerdo. Esquerdo porque sempre achou que seu lado esquerdo era mais perseguido. Era estrábico desse olho. E tinha problemas no joelho.
Sua mãe era contra a ideia. Mais um ponto a favor. Já que, para ele, contrariar a mãe era gostoso. Gostoso não, prazeroso.
Aquilo estava doendo, e seu lado esquerdo estava,finalmente, sendo o mais bonito. Pedro pensou "nem tudo que dói é ruim, Pedro".
Fechou os olhos e lembrou dela dizendo:

***
- Dói, porque as vezes as coisas que fazem a gente mudar dói, mas essa dor é pouca perto do prazer que ela pode nos trazer. Isso que a gente está fazendo um com o outro vai doer e muito, mas eu preciso ir, porque você ainda vai aproveitar o prazer da minha ida.  Nem tudo que dói é ruim, Pedro.

domingo, 3 de julho de 2011

Sua caixa (vive) vazia..

E você (sempre) diz que está cheio.

Sobre o que se guarda em caixas.

Guardei meu nome, minhas crenças, guardei minhas roupas e meus acessórios. Fui embora sem nada, sem ninguém.
Guardei tudo que eu queria levar, para ver se a doía menos. Não deu certo.
Guardei minha geração e alguns amigos do colegial. Guardei minha fala e não disse. Não te disse.
Guardei deus e machuquei minha Mãe. Guardei coisas boas e as ruins. Elas sempre vem comigo.
Guardei todos os amantes e amores.
Guardei aquela felicidade que não emoldurei.
Guardei saudade e meu despertador. Desperta dor.
Guardei as ordens e as regras.
Guardei suor.
E ufa! Esse meu coração não se cansa de guardar. De se guardar.

quarta-feira, 8 de junho de 2011


Tem toda essa letra que a gente canta em voz alta e tudo que ela traz . Tem sempre essa coisa de se apontar o dedo e segurar as mãos. A gente pode seguir esse caminho acompanhada(e acho melhor que seja assim) ou você pode me soltar e me deixar por aí vagando na cidade grande e pensando no litoral, mas eu peço que você fique, segure minhas mãos e me ensine com os nossos erros.
{Pode ser que não seja esse o nosso destino, mas o caminho é lindo. Quanto se descobre.. É só olhar. É que todas essas brigas só fazem da gente dependentes. A esperança se constrói com carinho, nada se constrói sozinho. A gente constrói um castelo só com nuvens, o imaginário no maquinário da cabeça. Tudo se reflete, tudo se preza, tudo recorda. E a gente se desconstrói no enroscar de braços, nas palavras que se embaraçam, nos sentimentos que escapam aos poucos. Mesmo quando não estamos, mesmo que não estejamos…}

[Parece confuso, eu sei, mas é simplesmente surpreendente. Puro, claro e gostoso. Tudo muito verdadeiro: é tão natural eu gostar de você.Em tudo o que faz, amplia o significado. Enquanto você não entende, eu só quero poder provar isso toda vez. O meu bem querer vem de graça. Vem fazer parte da solução comigo e deixa que a música que toca do lado de dentro dos ouvidos mande. Sua música que eu acho ruim, e minha música que não te faz bem. E eu te procuro em tudo para te desejar o melhor.
Eu queria que você chegasse logo para ler isso aqui. Mas que não fosse tão cedo.

Parabéns.]

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Admito e me Demito

Escrever não é como andar de bicicleta nem fazer sexo e nem esses verbos que não se desaprende. Enferruja, perde-se a mão. Crise.
Acho até que eu nunca aprendi.
Li, reli, cortei, acrescentei.
Vivo, tudo em mim.
Sem face nem nome, perceber tudo a minha volta.
Não sei escrever, mas gosto.
Como se eu quisesse cozinhar e nunca acertasse na quantidade de sal.

domingo, 22 de maio de 2011

Você está sempre em tudo.
Em tudo que eu fizer, em todos os textos que eu escrevo, em todos os roteiros, em todos os meus sorrisos e lágrimas.
Em tudo que sai, que entra,fica na minha vida.

E acho que vai ser sempre assim. 
Abraçar o mundo e querer não querer segurar as suas mãos.


Vermelho

( leia esse post, ouvindo essa música )

Vermelho


As vezes eu só quero descansar
Desacreditar no espelho
Ver o sol se pôr vermelho
Acho graça
Que isso sempre foi assim
Mas você me chama pro mundo
E me faz sair do fundo de onde eu tô de novo
Nada sei dessa tarde
Se você não vem
Sigo o sol na cidade
Pra te procurar
Eu bem sei onde tudo vai parar
Já não tenho medo do mundo
Sou filho da eternidade
Trago nesses pés o vento
Pra te carregar daqui
Mas você sorri desse jeito
E eu que já perdi a hora e o lugar                Para ouvir
Aceito.
Nada sei nessa tarde
Se você não vem
Sigo o sol na cidade
A te procurar
Nada de meu nesse lugar
A cidade vai pensar
Que nada aconteceu em vão
Você vai me ligar então mais uma vez

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Átomo do sorriso.

Eu quero falar sobre o mundo e como ele me ajuda a crescer.

Todos, seja qual for a vida que temos, vivemos felicidades e tristezas a cada instante.Porque somos e não somos, queremos isso e não-isso. Ao mesmo tempo. Atrair e repelir, amar e odiar, viver e morrer compreende? Não comparo a vida a desses escritores, lógico. Mas quero ter direito a ter conhecido também a felicidade. E quero te contar quando e como.

Família, amigos, amor, cerveja, imagem, faculdade, colégio, casa da vó, macarrão laranja, irmãos(todos eles), filmes, música, Los Hermanos, mãe, tias, pai, guarujá, chocolate, vodka, primos, mello, mel, meu, samambaia um, beijo, sorrisos, sexo, olhares, trabalho, você, futebol, escrever, poção, feijão, cantar e o Mundo, e quase todo mundo.

Não se enquadra a felicidade, ela é  um plano-sequência.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Mel.

-Um dia você vai me perdoar?
- Por quê?
- Por ter te machucado tanto... Eu olho nos  seus olhos e  há um brilho fosco, típico de quem já chorou muito, esfregou as pupilas para arrancar de uma vez por todas a esperança,…
- E mesmo assim falhei.
- …e o sorriso triste de quem tentou continuar a vida e não conseguiu.A tua pele está inteira, mas você transparece todos os machucados que eu fiz na sua alma. Me perdoa?
- Não foi você que me machucou. Fui eu, foram as circunstâncias, foram esses dias cinzas, da cor do seu casaco esquecido em casa, esse vento doce que por vezes traz até mim o seu cheiro, o seu hálito respirando tão perto... Eu me machuco porque me permito te amar.

Não vou descrever o que foi escrito ou/e vivido.



 
-Todo coração é semente.
 
Se mente?
Você pode me nutrir daqui pra frente

Eu tenho aqui
Todo o nosso abrigo
Pra gente viver 
O distinto
E florescer 

Os sentimentos
meus, tão seus.
Enraizando a saudade
e abrindo portas
com as veias aortas.

O nosso carinho, cresce de pouquinho

Nossa semente 
Cresce na semelhança
Pulsa.
Sua mente me expulsa 
e seu coração me pulsa.

Escaleno

Mês passado eu desenhei um triângulo meio torto. Coloquei o ponto A e mais outros dois pontos: o B e o X. Era um triângulo de três  lados diferentes.
Esse mês eu percebi que minha vida é esse segmento de A até B, que eu quero viver isso sem precisar desenhar nem o começo e muito menos o fim.Círculo.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Ver um rosto muito perto.

É curto, é verso
Amor, nosso amor é poesia.
Briga e descaso

Nosso amor te doí
Eu não chamo de amor
Mas sei que me constrói

(Me) Cresce, (me) sobe, (me) derrota e (me) ama.

Nosso amor não é amor, mas é tão mais legal brincar de amar.

Eu quero viver por inteiro tudo com você, viver de forma intensa. Que a gente não se arrependa. Viver bem até quando você me pede para ir embora. E até você ir embora.Quero sofrer achando que você não me quer mais ou não quer tanto assim. Quero você deitada no meu colo e sentir todas as partes do seu corpo no calor do meu. Quero de cabelo desarrumado e mais ainda te ver penteá-los para mim.  Quero você no centro do meu egocentrismo e segurar dois segundo suas mãos até que você reclame sobre qualquer coisa e resolva me soltar. A verdade é que eu quero todos os seus "querer", porque eu já não mais quero, eu preciso. Eu sempre (te) precisei.

Agora.

Descrevo como as pessoas entram e saem da minha vida, mas não consigo descrever esse momento em especial, que é  quando elas estão na minha vida. E já está.  



Ra(bis)cos



As pessoas acham que devem me rasurar. Quando quiser e o quanto querem. Rasuraram minha alma, meus sentimentos e até mancharam minha pele com rasuras de cigarros, bebidas e mordidas. Eu posso desenvolver algumas  armadilhas, alguns escudos e vigiar para que eles não rabisquem esse livro que eu sou, que vai  virando um caderno em branco.  Mas meu coração que eu mostro quando quero se encarrega de me proteger dessas rasuras ou sofrer lembrando o porque elas estão ali. Sofrer é bom quando a gente tem certeza que vai passar. Vocês podem ser mais legais com todos. Mais éticos. Bom dia e Boa noite. Oi. Tchau. Obrigado.
 Para passar as coisas a limpo é preciso ter amor. Amor de gente com gente. 

domingo, 17 de abril de 2011

Sobre se Olhar.

É da dificuldade
de olhar nos olhos
que se enxerga a verdade.


Olhos que nem precisariam ser  de ressaca
Para me tragar pelo  pulmão
Desregular a respiração
e  descansar nas batidas fortes
do coração

Política do amor que já foi.

Eu escolhi a esquerda. Ela a direita.
Hoje eu me perco tentando encontrar o cruzamento
E ela é toda direita.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Pois o vazio está tão presente quanto o oxigênio que os pulmões bombeiam.

Eu quero segurar todo mundo.
Segurar todos em um abraço só.
(respira)
Minha vida se tornou uma poesia.
E eu vivo um verso de cada vez.
(respira)
O sol bate na janela, que a menina abriu. Ilumina seus olhos e a força fechá-los de leve. E é assim com os olhos meio abertos que ela escreve alguns versos. Escreve sobre isso de deixar que os olhos fiquem pequenos e não enxerguem tudo que há para ver e assistir. Gente que deixa a vida passar e só assiste metade. Só vive metade.
(inspira)
Minha meta
não é metade
não é reta
e nem sempre a verdade
É torto, quente, grande
E aprender a se curvar
quando errar

*
Toda essa minha vida é só um acidente bom.


[ Eu gosto tanto,mastantomastantomastantomastantomastantomastantomastantomastantomastantomastantomastantomastantomastantomastantomastantomastantomastantomastantomastantomastantomastantomastantomastantomastantomastantomastantomastantomastantomastantomastanto (sem ar) de você (respira) que eu até perco o ar.]



domingo, 10 de abril de 2011

Abril, meu doce Abril.

20 anos e as dúvidas permanecem. Eu pensei que com o tempo, a cada Abril que chegasse abriria respostas novas, mostrasse longos caminhos, cheios de história e só meu.Tudo fosse cada vez mais só meu.Quando eu digo "meu" não tem nada a ver com posse, mas com posição.
Ah Abril, meu mais doce de todos os amigos, meu mais lindo intervalo de tempo.Me abre,Abril.
E todos esses olhos que nos cercam, nos secam.Pode levar o que quiser de mim. Meus dias, meus pensamentos, me deixando mais velha e trazendo sempre o futuro, transformando todos os meus outros anos em passado. Já  nós disseram para saborearmos a vida. E o que a gente faz, Abril, se o "errar" é o melhor dos gostos?
- E essa coisa doida de negar a realidade não faz da gente mentira - se abriu, Abril.
Todos os anos eu tenho você comigo e todos os bilhões de anos, meses, minutos, segundos e futuro.
Agora se congela em mim e deixa o ano passar, doce Abril, que as vezes me amarga.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Ordem não é regra!

De quem e pra quem sãos todas essas vogais mescladas com consoantes? Como antes. 
Sem pudor, sem rodeio, mas ciclos. Impulso viril, forte e rígido(doce). Sempre.
Começa quando o fundo branco se trai e elas me olham, se entrelaçam, acariciam.
E me batem no rosto, pescoço e vertigem.          Espaço          .
Mas é claro que não dói, eu aguento. Agora sem trema. Eu tremo.
Quentes e cuspidas com direção certa. 
Letras me abusam. Lambuzam .Ficam em mim. "Fazem de mim".
Transgredi, ou foram elas?
Letras que não sabem me evitar.
Eu não sei  o que são, só sei o que não são. Não palavra, não texto, não são ninguém.
*
Nenhuma dessas frases tem ordens, nenhuma dessas frases são ordens. Elas são letras. Apenas letras.

terça-feira, 29 de março de 2011

Eu desenterro o amor de antes, o amor de sempre.

Me fizeram falar sobre você.
Sabe aquela tia velha que não pode dar corda que ela começa lembrar todos os parentes que se foram por algum motivo e os olhos dela enchem de lágrimas,que não apagam aquelas lembranças, mas lavam para deixá-las limpinhas para a próxima pessoa que vai ouvir?
É mais ou menos assim que acontece, meus olhos estão sempre com você, nesse brilho fosco que você deixou.

domingo, 20 de março de 2011

Carol.

Eu sempre soube que as amizades não duram para sempre, mas sofro com esse ir e vir. Esse vai e vem de quem eu amo, amei, amava.Esses amigos que vivem intensamente um intervalo de tempo considerável para mudar um pouco da sua vida, te deixar algumas falas, trejeitos, jeitos e saudade, muita saudade de tudo que você é quando está com eles.Que foi e até o que quer ser. Sei lá, a gente fica horas junto e às vezes não precisa dizer nada para serem os melhores momentos da sua vida.
Tem uma amiga, mas amiga de verdade, que me conhece desde quando nem eu sabia quem eu era , está indo embora. E a gente não sabe quando ela vai voltar. E esse post é para você, Carol.
A Carol é meu coral, várias vozes em mim, sempre fazendo o melhor por e para mim. Minha consciência, a maturidade que me ajuda a crescer. Uma das melhores pessoas que eu conheço, de verdade. Linda em todos os lados, sentidos e momentos.Ilumina o mundo com o sorriso e com a voz. A Carol não só canta, ela me encanta. Quase 20 anos de abrigo em apenas cinco passos (vizinha de porta). Agora esse abrigo vai ser virtual, por pensamento, coruja, sei lá, mas eu quero ela para sempre em  mim. Eu não vou deixá-la se livrar assim de mim tão fácil. E se meus olhos estão cheio de lágrimas no momento é porque você está lá dentro do meu coração, tão em mim que até dói um pouco saber que você se vai.

Carol,
Eu sabia que um dia você iria voar. Você nunca gostou muito desse negócio que fazem com a gente, de cortar nossas asas e deixar que a gente voe baixo. Apenas baixo. É pouco para você que sempre quis voar alto, dar passos longos, vivendo sempre com a maior intensidade possível.
A minha Carol gosta de ser livre, mas sem esquecer-se de amar profundamente tudo que vive, com quem vive e o que vive. Aquele momento, grupo de amigos. Aquele poker, show ou churrasco. Eu consigo enxergar nesse seu sorriso lindo que o mundo é seu amor e ao mesmo tempo é seu maior desencanto e decepção. O mundo todo é seu, é nosso. E isso tudo está na intensidade que você ama seus amigos, na intensidade que você me ama.
Como eu disse, eu sabia que isso iria acontecer, de você voar mais alto.Só estava esperando o momento de te dizer “tchau” e deixar que meus olhos mostrem o quanto eu fico feliz por você e ao mesmo tempo como isso dói.
Você não está na minha vida por acaso, poderíamos nascer irmã de sangue ou qualquer outro vínculo familiar, mas aí a nossa conexão não seria tão espontânea a ponto de deixar a minha vida ser tão semelhante a sua. Eu nasci assim pertinho de você, não para me afundar nas suas pegadas já marcadas, mas para saber que quem eu admiro já passou pelo mesmo caminho e pode segurar a minha mão se tudo doer demais. Me estender a mão, o colo, o abraço, me deixar chorar e me fazer sorrir.
Quero que feche os olhos e se recorde de tudo que eu falei agora: não se esqueça de mim. Faz aquele filminho de tudo que a gente já viveu. Não se esqueça de nada que vivemos juntas. Me guarde dentro disso. Dentro de todas nossas lembranças (quando a gente comia trakinas e atacava almofadas) quando a gente ria de molhar os olhos por qualquer coisa, só porque uma acha graça da outra.Imitando a Marília Gabriela e falando Zúlio. Não se esqueça do que eu estou sempre aqui para você e sempre ai com você.
Lembre-se de mim, no meio desse nosso caótico tempo de mudança, e fique calma. E por favor, agora mais do que nunca, não solta da minha mão.
Beijo da Lu, Luli, Bo,...

domingo, 13 de março de 2011

Sobre mais uma exclusividade.

Eu não vou deixar ninguém te tirar do meu peito.Estou em frente esses muros de concreto sem saber para onde ir.Estou sem rumo, perdida na dualidade dos meus sentimentos. Nos nossos pequenos gestos de não dizer sempre a verdade e saber que é mentira. E eu peço para o espiral do meu caderno não te deixar mais sair. Deixar eu assim sempre falando de você, disfarçando com essa primeira pessoa do singular. Você. Você. Você sabe que é você. Você em qualquer lugar, em quase todos os rostos. Sempre dizendo sim. Fico andando em círculos porque eu nunca sei para onde ir, já que você sempre demora para aparecer. Eu já senti isso antes, já estive em todos esses lugares. Em toda essa bagunça, que a gente cria para ser feliz. Eu não vou deixar ninguém te tirar das minhas lembranças, assim como você num tira nenhum deles.

Saída de Emergência.

Uma vez enquanto eu trocava alguns beijos(de amor, paixão) e me perguntaram " o que você quer de mim?" , porra, eu não sabia responder.E quando eu não sei responder, eu não respondo. Hoje eu saberia responder, diria que eu num queria nada. Nada mesmo. Queria ganhar qualquer coisa para não destruir tudo que eu fiquei esperando. A verdade é que essa pergunta ficou em mim e estou sempre tentando perguntar para receber a resposta perfeita. E, puta que pariu, eles só me respondem o óbvio. Homens e Mulheres.Eu nem sei o que eu quero ouvir como resposta, mas eu quero ouvir uma  saída de emergência, já que me responderam a mesma coisa tantas vezes e não deu certo.

Casa Pré-fabricada

"Abre os teus armários, eu estou a te esperar.Para ver deitar o sol sobre os teus braços, castos.Cobre a culpa vã, até amanhã eu vou ficar e fazer do teu sorriso um abrigo.
Canta que é no canto que eu vou chegar, canta o teu encanto que é pra me encantar, canta para mim, qualquer coisa assim sobre você que explique a minha paz, tristeza nunca mais.
Mais vale o meu pranto que esse canto em solidão, nessa espera o mundo gira em linhas tortas.
Abre essa janela, a primavera quer entrar pra fazer da nossa voz uma só nota.Canto que é de canto que eu vou chegar, canto e toco um canto que é pra te encantar, canto para mim qualquer coisa assim sobre você que explique a minha paz, tristeza nunca mais."



domingo, 27 de fevereiro de 2011

Quando a gente cresce...


{Quando eu era menor, eu escrevia ao contrário. Defendia a ideia de que, se as palavras fossem do aspiral do caderno para “fora” fugiriam de mim, e as histórias estariam em branco assim que eu virasse as costas. Eu insisti nisso por tempos.  No colégio, a professora dizia que eu num podia ter essa liberdade.
Sorria , quando via as minhas letras ali, soldadinhos magrelos batalhando sem sucesso contra o  aspiral de ferro, que iria guardá-las para sempre. Nunca entendi o porque todo mundo era contra. Quantas letras magras aqueles adultos perdiam, quantas histórias se calavam! Eu era meu primeiro paradoxo, simples e ilegível.Eu sempre fui meu paradoxo. E sou.
Hoje decidi recriar o tempo. Caneta em mãos, papel limpo e um belo aspiral como aliado. Rabisquei as primeiras linhas e voltei os olhos para reler o início da história eterna. E veio aquela tristeza das mais amargas: a saudade de ser como se era. Minhas letras agora me venceram fácil. Percebi que, de cada duas palavras, uma estava lá, virada para o estúpido lado certo, me sorrindo com uma ironia insuportável que eu, quando menor nunca teria sonhado em criar.
A ponto de rasgar aquele rascunho de história, com as letras que em minutos correriam de mim, encontrei o possível desfecho. É que ser simples, como já fomos um dia, é tão difícil que virou absurdo. Preferem  fugir com as letras e omitir as histórias que de fato merecem uma prisão móvel, de carne e vida forte, que lá virem eternas.
Ignoramos quem ainda desenha o sol sorrindo na janela do carro ou em uma A4. Condenamos quem, depois de “crescidinho” ainda teima em ser ilegível, desordenado, imaculado. Pena que não me perguntam mais o que quero ser quando crescer. Perguntem, por favor, porque agora eu tenho resposta

Eu quero ser um desastre.}

e eu ainda prefiro não ter limites quando é só isso que me pedem.



quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Shhiu!

É do nosso silêncio que saem as melhores palavras. Porque a gente consegue se explicar muito mais do que quando tenta explicar todos os motivos.
É nesse silêncio que os corações disparam, nesse pequeno instante de segundos que o corpo esquenta, as bochechas coram e a voz num sai.

Minha Mãe me pediu cuidado pra dizer as coisas. Mas quem ouve as Mães?
E eu estou sempre falando, mas nunca querendo dizer.
Voltando ao silêncio, é ele que a gente procura quando precisa pensar. É só silêncio que fala quando a gente quer pensar. O silêncio num fala, mas sempre diz.

Nem a ciência, nem a religião explica.
Nem Freud explica.

Você me pede estrada
mas fica em casa
Você me cobra respostas
e me responde
o silêncio.


domingo, 13 de fevereiro de 2011

Queridas Formigas.

Tudo bem se todas essas palavras sobre tudo isso formem esse formigueiro nos meus ouvidos. Formigueiro de gente, de nomes. Tudo passando muito rápido construindo um lar de pessoas em mim. Onde eu dou amor, carinho, onde se constrói afeto,simpatia.Mas dói também, porque as pessoas machucam elas morrem de mim. Vão embora e deixam cheiros e saudades. Porque em mim o cheiro é a maior  manifestação de saudades.Depois as vozes e os toques, o tipo de toque, de carinho me faz falta. E todo mundo tem um jeito tão singular de me dar carinho.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

livre acesso.

São passos encharcados de chuva e  guiados pelo destino.Encontrando o acaso de frente em cada olhar, e em cada cheiro de mendigo.   E a dor nas costas de se curvar para dentro.Curva que esconde toda reta plana que é o caminho na Av. Paulista. Antes abraçava o joelho tentando caber dentro de si. Agora ela só transborda emoção como se aquela razão toda não fizesse sentido. Sentido, sentindo.
 Acende o cigarro contra a garoa e cobre os olhos com o cabelo.Aquela franja caída que usa como escudo para os olhos que não querem enxergar o medo.
 E para os outros ao redor ela não existe, mas só porque para ela não existe mais ninguém. Exceto a menina de cabelos cumpridos e sotaque bonitinho, que tem aquele "All Star" azul.Azul igual ao céu, que ninguém sabe tocar ou pode. Não pode tocar.
É seu próprio longa metragem, em cores e plano seqüência. Ela pensa, mas não fala, sente dor, mas não grita.Às vezes ouve, mas não escuta.Ela anda, desfila excentricidade e passa. 

Enquanto o mundo olha e não a enxerga, o mundo não a procura, mas aperta "stop" enquanto ela passa.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

19 anos e 10 meses

É tanto fôlego que cansa. Vem aquela vontade de bastar-se. E tudo o que se quer é parar com o café, é sorrir para a câmera, é dormir à noite(e a tarde toda), é não dançar em círculos, não esquecer de colocar os óculos, é fingir que não se finge, at all. E assistir ao próximo eterno mega sucesso esquecível de Spilberg. E o todas as risadas que as pessoas dão nos dramas de Almodóvar.
Todos os beijos que finalizam os filmes, ou as mortes e os céus ou as paisagens vazias.
É tanto cansaço que falta fôlego. Todo mundo sempre deitado e reclamando do calor. Música, sexo casual, e falta de amor. Amor.
Falta tanto humor na rotina, que as pessoas já me bastam.  O que eu quero é colocar mais açúcar no café e deixar minha boca mais doce para as pessoas me experimentarem. E filmar as pessoas sorrindo para mim, como se eu fosse uma Super 8, mas não as deixassem com vergonha das minhas lentes, dos meus olhos. Olhos.
Quero dormir em lugares diferentes enquanto o sol se despede, e quando o sol se apresenta. Dormir com a janela aberta para deixar o vento novo, refrescar as coisas novas.Dormir ao lado de pessoas estranhas num banco de metrô qualquer.
 E parar de dançar sempre a mesma música, com os meus pares que gostam das mesmas (tristes) melodias. Mel(O)Dias.
E Spilberg, Almodóvar, Tarantino, Meireles, Padilha, 
Nichols, .... e todos os meus colegas de classe.
02/01/2011

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Quem num sabe brinca...

Leva o brinquedo embora.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Viajando do Jamais ao Sei lá.

Já decide que não vou continuar.Isso de crescer aos poucos dá muito trabalho.A gente descobre que gosta de alguém quando começa a fazer sacrifícios por essa pessoa.Isso acontece porque a gente quer ver no outro a nossa felicidade.
Sabe quando você acorda de manhã e decide se vai dormir mais um pouco ou se vai acordar logo daquele conforto?
Então é quase isso, no começo eu nem sonhava com ela.Hoje eu só consigo dormir se pensar nela.
Eu só preciso lembrar que eu não preciso e nem quero isso para viver, então eu penso em outras coisas, sonho com o mundo e acordo para conquistá-lo.
Está declarado o fim dessa brincadeira e, o pior de tudo, eu perdi.Desisti.
Pode brincar sozinha e me culpar por ser fraca.

Minha vida, sempre encontrando o caminho mais difícil e bonito de ligar um dia ao outro.

sábado, 29 de janeiro de 2011

O suor de cada dia.

 Puta que Pariu, que Calor!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

sobre tudo isso eu escrevo: NADA

domingo, 23 de janeiro de 2011

Não que seja um fim ou um começo...

Eu num sei o que eu sinto, antes eu poderia dizer com toda convicção que era nada. Hoje eu caminho pela estrada paralela: dúvida. Eu sempre achei que a dúvida fosse a certeza do que não se quer aceitar, mas dessa vez tenho medo de te prender em mim e me arrepender, de te magoar ou de perceber que nem você gosta tanto de mim. E depois tem esses km todos que nos separam.

Já encontrei variações para o seu nome e te encaixei no meu dia. Mas ainda existe algo que faz a força contrária de mim a você, não sei o que é. E talvez eu nunca saiba.
Sendo assim, eu espero você cansar, sabendo  que no futuro nunca vou me perdoar por ter te deixado ir sem ter te pedido para ficar.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Posso pegar sua mão?

Te ofereci minha mão em um lugar público.

Te ofereci um desfile comigo e você não quis.Talvez por medo ou só porque vc nunca quis mesmo. Eu é que teimo em não entender os seus (vários) nãos. É que eu gosto de olhar nos seus olhos e sentir um pouco de esperança, mesmo que só eu as enxergue. 
A paulista inteira parecia não existir, te levei em todos os lugares que eu gosto de pensar sobre a vida, e , consequentemente em você.Já que muitas vezes você fez/faz parte da minha vida.
Isso foi só pra deixar um pouco de mim em você.
Só queria agradecer pela tarde de domingo e pelos vários sorrisos seus que vieram em minha direção.
A gente se vê nos meus sonhos.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

2011

O ano mudou e tudo parece estático, arrisco dizer que tenha até piorado. Não quero parecer pessimista, muito menos dramática. 2011 entrou no calendário mas não trouxe a esperança de melhora.Sabe aquela sensação de superação, que todos os anos devem nos passar. Acredito que 2011 vai só passar. E 2010, Ah 2010 passou. Um dos melhores anos da minha vida. E meu egoísmo é tamanho que eu só quero que 2011 seja melhor.
Quero respirar arte!
A arte de Ana, de linhas, letras, melodias e muita trilha sonora para acompanhar nosso ritmo.
Sexo, homossexualidade, cotidiano, amor, muito amor e aquela pontinha de dor.
Se ajeite na cadeira e experimente minha explosão em 2011.