segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Dormir com barulho de chuva.

As pessoas por aí tem como filme preferido The Notebook. Eu não. É bonito, flor da pele, sabe. Mas não me tira a fala, não me mete medo. Não me reinventa.
É preciso acordar todos os dias e se (re)apaixonar, se (re)aproximar. Como nesses dias de chuva que as nuvens reinventam o céu e ele chora de nostalgia do sol.
A minha nostalgia sou eu, as roupas que eu usei e algumas fotografias perdidas em um computador velho.
Letra de música. Danças decoradas e medo de escuro.
Medo de futuro, qualquer um que o amanhã guarda. O amanhã guarda muitos segredos. Prepara meu futuro.
Acordar de manhã e observar quem eu amo dormindo com a boca entreaberta como se esboçasse um sorriso e se apaixonar pela mesma pessoa, várias e várias vezes. Me (re)inventa e eu me apaixono de novo, e de novo, e de novo,...
De resto deixa chover.
*
Peço licença, mas o dia preparou a chuva como trilha sonora dos meus sonhos.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Janeiro de dois mil e...

O céu preparou umas gotas para o jantar. Ficaram todas lá nas minhas janelas e molhando o asfalto encardido.
O calor se encarregou de levar a paciência das pessoas e as roupas de outras.
Os líquidos ocuparam as mãos e os óculos escuros os rostos.
O sol prometeu aparecer, mas as nuvens fizeram questão de dominá-lo para confirmar o egoísmo. As marcas de biquíni desmentiram os protetores solares.
E eu comprei um guarda-chuva e uma água de coco para assistir 2012 chegar.