terça-feira, 30 de maio de 2017

pouca exposição nas fotos que fiz do meu coração

segunda-feira, 29 de maio de 2017

dentro da capa

Antes de ir, quero te deixar meus cadernos, aquele azul que eu sempre levo pra sua casa, ou te entrego fragmentos escritos a lápis.
Cada coisa que te escrevo é para que saiba como eu me sinto, me sentia.
Quero que entenda meus gostos, gastos, minhas escolhas e como eu te prefiro.
Para entender como eu gosto das cores, mas prefiro escrever cinza.

Dai você da uma lida em termos técnicos de ligthroom e um rabisco mal feito no canto da página.
O dia que eu escrevi sobre como você é afinada enquanto afina seu violão ou sobre a varanda dos dias de verão.
E no meio o protocolo da Net, uns restos de tabaco e borracha gasta.
Se você abrir meu caderno de trás para frente, tem as músicas, "todos os encantos bons", "o nosso amor merece cama, comida e sol".
Eu nem sei se vou te achar em meio ao caos, mas antes de ir quero te dar pelo menos esses textos. 

em casa, se eu tô de blusa, não visto calça.
em casa, se eu visto calça, não coloco a blusa.

HD

Eu demoro pra colocar meus óculos e aperto os olhos sem perceber.
Depois visto eles e me esqueço que estão imundos, limpo de qualquer jeito. Pronto. Meu computador tá em HD.
Me acostumo tanto com eles que entro no banho ou deito com os óculos. E só depois que incomoda eu lembro, tiro, largo em qualquer canto.
e tudo isso acontece sempre.

E ela limpa meus óculos como ninguém.

Só de aparecer melhora minha visão, meu horizonte, meu céu.

E se eu aperto os olhos é só para alargar o sorriso.

Tem amor que cura até miopia.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

o céu no coração apertado

Tem dias que sou mais Francisco, e insisto olhar só para baixo, esqueço do nosso céu e não congelo nossos frames bons.
Tem dias que minha cabeça fica como a de francisco que nem meus ossos se fortalecem e dói meu coração.
Dói o coração esquecer do bem do mundo, esquecer o bem que a gente se faz.
Então eu saio com o meu cachorro para passear, como francisco, mas não encontro meu pé de manga. Me deparo com a minha cabeça, que cisma manter o equilíbrio.
Arrisco te enviar cartas, ler o que a gente já se endereçou e lembrar de dias como o bottom da banda do mar. Do mar.
de repente me vejo chorando de novo, só que olhando para o nosso céu.
Tem dias que sou mais Francisco fotografando e te enxergo no meu congelado mais quente de sol aparecendo em céu nublado.

maio

Sabe, eu sei que tá difícil levantar dessa cama, desse ninho de tristeza, mas ver você colocando o pé pra fora da cama, descobrir a cabeça pra respirar a quase calma, me faz querer levantar também.
E eu choro pela falta de leveza, mas as lágrimas são pesadas demais.
Não sei responder as perguntas enquanto choro, mas tudo parece que intensifica essa vontade de desabar de uma vez só, em minutos para carregar no sono e na ressaca que a tristeza deixa nos dias seguintes.
Enquanto escrevo lembro do dia que disse que queria correr todos os riscos por você. Ainda quero. Muito. Mas percebi que meu maior risco sou eu mesmo, é meu medo de arriscar e é ele que eu vou enfrentar com você, e ainda que te doa me ver assim, quero me envolver cada vez mais no nosso envolvimento até que nossos sorrisos não caibam na boca, porque é isso né bem? o sorriso mais bonito que eu já beijei misturado com o meu que importa.