quarta-feira, 25 de abril de 2018

Pra mim montanha.

A janela que você (me) abriu.
O mar de morros e todo o horizonte das milhares de coisas que eu aprendi com você,
desde saber que eu poderia amar de novo até a dor que a gente lida no final.
Antes de você chegar, eu abria uma fresta da janela e deixava o sol entrar.
Meu banho de sol matinal era tão eu.
Você me veio, feito sol, entre as persianas algum tempo depois que eu acordava.
Depois, antes de abrir os olhos, eu já abria a janela e o sol me invadia de um jeito bom e quente.
Um pouco depois eu já dormia com a janela aberta e ele me acordava como ou com um beijo. Iluminava meus peitos e eu me sentia bonita. Perfeição dos pés ao coração.
No meio, eu dormia com mormaço quente mas sem luz.
Procurava meu canto no meio do que já não me esquentava.
Até que hoje eu acordo no escuro vazio e solitário das noites, meu peito dói e eu tenho medo que não passe.
A única janela que abre é a do celular.
Mas isso é tão eu também.