quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Ai Vida.



Que coisa estranha esse vazio que você deixa em mim.
Esse tipo de saudade que não é do tempo.
Prefiro acreditar que sentir vontade de você no mesmo dia que te vejo seja bom.
Enquanto houver saudade haverá amor.
Esse meu amor bagunçado que consegue te destruir em uma noite e que tenta te reconstruir no dia seguinte.
De repente quando é pra falar de sentimento tudo é dedicado a você.
Longas linhas de palavras pequenas que carregam coisas grandes.
Dentro do meu coração já deve ter um pedacinho chamado Bruna que bomba uma parte das coisas que eu preciso para viver.
Amor, em mim, você se faz necessário.
Você é minha droga do bem. Aquela vontade que já se almeja antes mesmo de passar o efeito da dose anterior.

Me sinto meio boba vindo aqui escrever as coisas, mas gostaria que você soubesse como eu me sinto. E qualquer sentimento só vive assim, a flor-da-pele, porque você me deixa na sua vida, minha vida.


segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Sobre livros.


Sabe aquelas mulheres que
carregam bacia de água na cabeça? 
Então, ela carregava livros
que carregavam sonhos
 que carregam decepções
que...

Uma pilha de livros enfeitando a cabeça dela. Enfeite que atrai. E distrai.
Tudo que te atrai te distrai.

Todos amontoados naquela cabeça que, junto com as sensações e sentimentos do coração, criam sonhos.

Os livros são gênios e as páginas as lâmpadas mágicas.
Milhares de três desejos individuais e coletivos.

Por trás de dramas
muitas tramas
choram as damas. (inverta os versos)

Cheiro de página velha e nova, tanto faz, é sempre bom.
Mesmo que seja velho, para você o livro é sempre novo, aquela história é sempre sua.
Os autores são o silêncio que te faz gritar sobre liberdade.

Ler a última linha da última página.

domingo, 11 de novembro de 2012

some e soma.

eu te
desespero
se
desapareço
eu me
desespero
se
te perco
quanto desespero

quantos desses
pequenos sumiços
que destroem
sorrisos.

Cite.

Saudade não é o que a gente sente quando a pessoa vai embora. Seria muito simples acenar um ‘tchau’ e contentar-se com as memórias, com o passado. Saudade não é ausência. É a presença, é tentar viver no presente. É a cama ainda desarrumada, o par de copos ao lado da garrafa de vinho, é a escova de dentes ao lado da sua. Saudades são todas as coisas que estão lá para nos dizer que não, a pessoa não foi embora. Muito pelo contrário: ela ficou, e de lá não sai. A ausência ocupa espaço, ocupa tempo, ocupa a cabeça, até demais. E faz com que a gente invente coisas, nos leva para tão próximo da total loucura quanto é permitido, para alguém em cujo prontuário se lê “sadio”. Ela faz a gente realmente acreditar que enlouquecemos. Ela nos deixa de cama, mesmo quando estamos fazendo todas as coisas do mundo. Todas e ao mesmo tempo. É o transtorno intermitente e perene de implorar por ‘um pouco mais’.
Saudade não é olhar pro lado e dizer “se foi”. É olhar pro lado e perguntar “cadê”?

Beeshop