São passos encharcados de chuva e guiados pelo destino.Encontrando o acaso de frente em cada olhar, e em cada cheiro de mendigo. E a dor nas costas de se curvar para dentro.Curva que esconde toda reta plana que é o caminho na Av. Paulista. Antes abraçava o joelho tentando caber dentro de si. Agora ela só transborda emoção como se aquela razão toda não fizesse sentido. Sentido, sentindo.
Acende o cigarro contra a garoa e cobre os olhos com o cabelo.Aquela franja caída que usa como escudo para os olhos que não querem enxergar o medo.
E para os outros ao redor ela não existe, mas só porque para ela não existe mais ninguém. Exceto a menina de cabelos cumpridos e sotaque bonitinho, que tem aquele "All Star" azul.Azul igual ao céu, que ninguém sabe tocar ou pode. Não pode tocar.
É seu próprio longa metragem, em cores e plano seqüência. Ela pensa, mas não fala, sente dor, mas não grita.Às vezes ouve, mas não escuta.Ela anda, desfila excentricidade e passa.
Escrever
Há 2 anos
2 dizeres:
Ela personagem principal em seu próprio filme, e coadjuvante em filmes alheios a sua vontade, se mostra figurinos e estilos, falas escritas por sua própria mente que as vezes se perde em roteiros alheio.
Leio esse blog a mais de um ano e não costumo comentar, mas hoje eu decidi dizer que estou sempre por aqui, sempre mesmo. Atenta a tudo que você escreve, porque quem escreve assim merece muita atenção. E eu sou de Sergipe, aonde fala DE ao invés de DXI, como em sua São Paulo. Viva o deslimite entre os blogueiros. Isso sim é uma viajem!
Beijo grande!
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