Quando eu era pequena eu gostava de seguir meu pai no supermercado, ficava ali olhando para onde meus olhos conseguiam alcançar seus cabelos brancos. Ele me proibia de ir na sessão dos congelados, porque eu tinha bronquite.
Meu pai olhava pouco para trás, mas sabia que eu estava lá. Quando tinha medo de que eu me perdesse, pedia para eu agarrar sua mão ou na camiseta, que quase sempre era de algum time de futebol.
Hoje ele não tem mais esse medo e, indiretamente, até me pede para soltá-lo.
Eu o guardo na minha sessão de congelados.
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Há 2 anos
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