segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

“Aí você se dá conta que para voar é preciso tirar o peso dos ombros.”

Peça para alguém entrar no seu quarto de manhã, sem fazer muito barulho, para abrir as janelas, mudar algumas coisas de lugar, te cobrir até o pescoço e deixar a porta aberta.
Peça também para deixar seu corpo e copo de água cheio, sua bala preferida ao lado e um maço de cigarros na sua mesa de cabeceira.
Depois peça para alguém fazer um cafuné devagar, te acolhendo aos poucos até que arrepie seus pelos do braço e mexa com a sua pele. Peça para preencher sua carência.
Por último peça um beijo desacordado, um beijo calmo, sem muito movimento, mas que faça seu coração disparar.
Depois, não menos importante, peça para sair e te deixar sozinho.
Peça para alguém de trazer de novo a esperança, porque esse quarto escuro precisa de iluminação de novo.
Peça ao mundo algo novo, por favor.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Estou em um claro processo de desintoxicação.
E enquanto a maioria das pessoas acordam no meio da noite pelo calor, eu acordo com uma dor no peito, no coração.
Até que eu durmo de novo e lembranças invadem meu sono, se disfarçando de novos acontecimentos.
O progresso é não fazer nada com isso, só esperar passar. Não tentar de forma alguma voltar a zona de conforto antiga, mas encontrar a nova zona de conforto, que as vezes também aparece.
Não há nada de errado em demonstrar fraqueza.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Gargalhada de criança.

Hoje as crianças me emprestaram falta de preocupação e foi lindo.
Eu gosto de questionar as crianças, fico perguntando coisas que eu já sei para ouvir a explicação delas.
Na verdade, eu faço isso com adultos também.
Um dos diálogos de hoje foi sobre amor, o tema do blog e da minha vida com a minha irmãzinha, a Bia.

Bia: é do Léo?
Eu: Que Léo?
Bia: O Léo!
Eu: Não sei, que Léo?
Bia: O namorado da Tata.
Eu: Ah! Mas o que é namorado?
Bia: Acho que você não foi pra escola nem pra faculdade nada, porque você fica perguntando tudo.
Risadas.
Eu: Mas o que é?
Bia: Namorado é amor, ué!
Eu: E o que é amor?
Bia: Aii, Lu, chega!

E correu de mim.

Eu: Volta aqui, mano.
Bia: Por que você fala mano? O que é mano?
(Geminianos invertem a situação desde criança)
Eu: Mano é gíria.
Bia: E o que é gíria?
Eu: Gíria é mano.
Bia: E o que é mano?
Eu: Mano é gíria.
Bia: E o que é gíria?

E seguimos nessa brincadeira do Chaves até o infinito. Enquanto ela gargalhava porque eu entrei na brincadeira dela. E vai ser sempre assim, essa troca, eu faço ela rir para ouvir a gargalhada dela.