quarta-feira, 10 de junho de 2015

"viver gera necessidade, amar gera propriedade"

A saudade é minha maior droga.
Coloco uma dose dela no coração antes de sair.
Tomo feito um cálice de vinho por dia que dizem que é saudável.
Dou pegas nela durante os finais de semana igual aquele fino que meu amigo bolou em 5 minutos.
No bar junto com as garrafas de cerveja tomo goles seguidos enquanto conto para os amigos como as coisas fazem falta.
E no trago de cada cigarro a saudade é como aquela bolinha de menta que eu estouro e me traz com leveza a imitação do sabor que eu gosto.

E as drogas são só distração para a maior droga. A droga da saudade, a droga de sentir saudade de qualquer coisa que não te faz bem.


segunda-feira, 1 de junho de 2015

Eu, minha verdade e nada mais.

Vivo uma catarse emocional de apenas um dia.
Hoje muitas coisas me fizeram derramar algumas lágrimas: textos bonitos, músicas bonitas, reflexões bonitas e abraços.
Hoje eu transbordei muito amor e quis vir aqui entender o que está acontecendo comigo.
Talvez esse não seja um texto com nome de mês, que foi o jeito que eu achei de criar uma série com um nome só.
Hoje eu queria seu abraço, mas prefiro seu descaso, queria ouvir sua voz, te acolher do frio e me esquentar no amor que não é mais o mesmo.
Eu nunca quis ser sozinha, nem nunca pareceu que eu era ou sou, mas o mundo me colocou assim desde que eu entendo meus pensamentos como pensamentos, nunca me excluíram, eu nunca fiquei sem amigos e nem fui humilhada na escola, pelo contrário me considero uma líder na hora de reunir os amigos, trago todos para mim fazendo piada e me impondo de várias formas, mas não importa quantas pessoas estão por perto eu estou sempre em um poço vazio onde não se encontra nem água. Onde minha única sede é conseguir me expressar sem causar desinteresse.
Então eu me obrigo e me abrigo na minha própria solidão. É só que eu não consigo dividir todas as reações e as sensações empíricas que o mundo me prepara e me dispara.
Nada em mim é de fácil compreensão então eu guardo só para mim.
Meu resumo são algumas feridas e muito amor que às vezes sangra.
E eu vivo o fim da minha solidão desde que consigo soltar, aos poucos, em textos minha total solidão, meu medo do próprio escuro e meu amadurecimento interno.
Desde que consigo driblar minha timidez só colocando o rosto na chuva, o peito na câmera e o sorriso quando eu não tenho nada para dizer.