domingo, 17 de junho de 2018

O texto de hoje é sobre mim, sobre como eu aprendo a me encontrar, criei um pacto de segurança e pavor de ver qualquer coisa relacionada a você, assim vivo muito bem, já consigo enxergar falhas no que eu achava perfeito. Na nossa última conversa você disse que “atitude é sexy, Pacheco” e cara minha maior atitude tem sido ser eu e ser eu é também assumir não estar bem, estar passando por processo que me faz ver como sou um ser falho. 
Você na minha vida foi como enxergar uma cor nova, conhecer um artista novo ou se apaixonar por um quadro numa galeria. 
Você foi aquele sorriso que marcou meu corpo todo e é, mais que normal (humano), que eu tenha dificuldade em deixar ir. 
Mas eu estou conseguindo. Pra mim é difícil assumir que eu estou. 
Acho que pela primeira vez entendo completamente a frase do Amarante, saudade-eu-te-matei-de-fome, porque eu não procuro uma vírgula se quer sobre você, deixo as memórias virem no mesmo fluxo que deixo ir. 
E lembro sempre do que a Bea me disse “o caminho é só pra frente” 
E eu só vejo meus próprios pés e minhas mãos vazias, mas meu coração cheio.