sexta-feira, 11 de maio de 2018

MAIO 2018

Voltei umas 10 casas do nosso amor pra entender o que aconteceu e a única resposta que encontrei foi o tempo. O desgaste da tigela do shrek, lembra? 
Esse mesmo tempo que me agarro agora pra deixar que as coisas se ajeitem. 
Tem gente que me diz que se for pra ser, será. Só que nessa hora a gente tem que pensar que não foi pra ser, não mais. 
Ouço aquela música Sufoco - do mesmo Silva que já embalou tanto nossos dias contados - e agora me dá força pra conseguir passar mais essas horas aceitando. 
Lembro das suas mãos em concha no meu rosto levando meus olhos aos seus, como se ali já não fosse o lugar preferido do meu olhar. 
Te reparar sempre foi minha atividade favorita enquanto habitávamos o mesmo espaço. 
Seu jeito de andar, eu sei que não me esqueço, as cores da frequência que você vibra. 
“Eu preferi o amor, isso é como sou”
As mãos dadas na cama mesmo sem ir a lugar nenhum, uma doação de alma, de energia, de troca. 
E o teto projetor de momentos. 
Tem dias que meu coração se acalma e pensar não dói, nesses dias eu gosto de te escrever no meu bloco de notas. Reunir meus momentos preferidos e sorrir sozinha no metrô. 
Concluo voltando ou avançando casas que você é linda/lida em mim.