quinta-feira, 30 de junho de 2016

Junho

Eu quero viver o suficiente para querer morrer.
Que apesar desses desencontros que eu guardo no bolso do coração, eu tenho também um futuro escuro. Ligue os pontos, mas não em ordem numérica. Tem incontáveis possibilidades no universo, nas estrelas já vividas e no espaço que a gente não ocupa.
Derrotas, putz! Profundas, mergulhos doloridos em pessoas rasas.
Que apesar desse presente de raros encontros, tem aquele livro saindo de mim todo inspirado no que a gente viveu.
Ah como você doeu, mas trouxe tanta coisa aproveitável no seu caminho sem volta.
Não se esquece que eu ainda te ouço pelo meu caminho sem rota.
E eu conto nossa história, como quem fala sobre perfeição.
Nesse mês, que é tão seu, não poderia te deixar pelo caminho.
Tem seu cantinho aqui.
É tão estranho não precisar me chamar nunca mais, né?
Eu também não olharia pra trás se você me chamasse.