terça-feira, 29 de março de 2016

Março maço gasto

Acho que alguém gritou Luisa, mas eu não olhei é que ninguém me chama assim há tempos. Eu sempre quis esquecer que posso ser duas pessoas.
É a fina febre da saudade, eu lembro que quando você se emburrava comigo me chamava assim e mesmo que hoje sua voz não me venha todos os dias tem dias que ela dá as caras e chega lá no coração como pancada de uma vez só. Plau!
Fina febre da saudade, dos que amam demais dos que amaram tantamente. Tanta mente.
Sou pobre coitada sem ou com você e todas essas garotas que eu me apaixono só me faz intensificar o medo de ficar lá no fundo do mar como você me deixou por alguns anos, como você me deixou?
Eu não quero mais ser Luisa, não quero mais ser o que eu era quando fui muito feliz minha felicidade vem de outras fontes mas Luisa é tão boba.
Luisa é minha parte que ama, Luisa ri mesmo quando não tem mais graça e chora sem ninguém por perto. Quero Luisa para acordar mais tarde, apontar o caminho de casa e rir até acabar o ar.

Luisa para amar como antigamente. Antiga mente. Quando esse amor já for antigo demais.

Luisa vai fazer 25 anos semana que vem, não te ama mais na mente e vive o luto de outros fins.

1 dizeres:

Sara Castro disse...

Feliz aniversário, Luisa!
A vida é sempre luto por fins, mas também alegrias incontáveis por começos ou recomeços.
Desejo que a vida leve muitos lembretes em gritos para você se lembrar a maravilha que é amar e se fragilizar.
Beijos!

Sara