terça-feira, 2 de agosto de 2016

Agosto.

Vivo agosto a contragosto
com ajuda do capuz escondo meu rosto
é tudo tão doloroso quando a gente sai de casa.
Nem preciso sair. Nem quero.
É só usar o facebook, ou passar vinte minutos das manhãs vendo snaps. Pronto, já sei que não quero ir, não quero sair.
Meu quarto é uma passagem secreta para tudo que vive dentro de mim.
Eu tentei pintar por cima, mas ainda lembro do seu sorriso deitada na metade do meu travesseiro me olhando enquanto eu reclamava que você dormia demais.
E todas essas noites que me falta sono eu lembro que gosto de sonhar com o "pra sempre"
Até que hoje, meio adulta, eu descobri que tem pra sempre que dura segundos, tipo os sorrisos que a gente recebe de quem a gente ama.