Eu já falei que eu não uso guarda-chuva nem em dias de temporais, que eu não me protejo de coisas que inevitavelmente vão me molhar, de dores que vão encontrar um cantinho para chegar até minha pele.
Tem gente que escreve sobre chuva quando fala de choro, mas eu escrevo de chuva quando falo de algo que a gente não pode controlar. Pode até ser o choro, o choro é livre, porque não tem quem controle quando as lágrimas querem apostar corrida até a boca.
Tudo bem se as pessoas criarem capas, bolhas, muros, telhados, a chuva sempre vem, ela tá ali te olhando da janela, te escorrendo entre as paredes, molhando seu para peito e seu peito também.
Feito essa dor sem controle que eu não sei ainda como tirar de mim sem me tirar de mim.
Você é chove-não-molha, mas eu me molho todos os dias.
quarta-feira, 26 de agosto de 2015
Eu não uso guarda-chuva
sexta-feira, 21 de agosto de 2015
do tempo eu sei, o tempo é rei
Quantas vidas mais eu vou ter que percorrer pra encontrar você?
ou reencontrar
meu amor é pequeno agora, tá guardado quase machucado
por quem não encontra
Eu já vivi nossas vidas tudo em sonho te colocando do meu lado como o melhor presente e era a parte mais bonita que eu tive.
De toda nossa plenitude que é se sentir vivo, mesmo quando tem que viver do corte (quase) cicatrizado.
Guardo nesse blog histórias de amor falidas e dolorosos momentos de partida
Guardo na minha vida lembranças que cada mudança precisa
Tento não rimar, como eu ouvi Caetano cantar "amor e dor" mas é de apostos e opostos que a gente se sente pleno.
Deita no meu colo, escuta essa música enquanto eu tiro sua blusa.
A gente se usa mas eu nunca consigo te jogar fora, porque eu sempre quis te guardar no que você já foi pra mim.
Eu fui tanta coisa com você, tanta gente, tanta vida.
Tento me infiltrar na felicidade como quem só filtra coisa boa, passo o café no coador e te espero chegar, sem coagir nenhuma dor de amor.
domingo, 2 de agosto de 2015
Agosto (ah gosto)
Tá todo mundo comendo frango e batata doce pra ficar maromba, disso tudo eu não quero nada mais que a sensação do doce na boca, do acolchoado das bocas das meninas. Elas passam brilho na boca, mas eu gosto mesmo é do brilho do olhar e do cabelo bagunçado quando dorme do meu lado.