segunda-feira, 26 de outubro de 2015

a brisa mais linda que eu já tive

Eu nunca entendi porque essa menina apareceu para mim, mas eu sei que foi tipo uma força da natureza, como aqueles ventos gelados que a gente não espera mas vem de uma vez te arrepia e te faz rir por causar prazer. Então você se encanta pelas sensações que ela te traz.
Como se eu não soubesse, mas ali eu já tinha me apaixonado por cada coisa que ela fazia.
Tudo que eu tinha acesso eu me apaixonava mais e mais. Teve uma vez que ela usou outro tom de voz e eu já estava rindo que nem boba.
Eu nunca escolho mesmo quem vai ser dona da minha dor, eu só sinto. Quem dói já curou.
Essa menina se tornou minha preferida, meu nome preferido de pensar.
Esse vento agora me fazia parte, eu abria as janelas e a porta só pra ela se criar corrente-de-vento pelo meu quarto. Ir e voltar várias vezes bagunçando meus cabelos, arrepiando mais ainda e endurecendo meus mamilos. Pedi várias vezes para o vento soprar seu sotaque nos meus ouvidos. Eu pedi tantas vezes para o universo que, sei-lá-por-que, te colocou em mim te trazer mais, te progredir em mim.
Comecei a te respirar pelos dias, era meio que fundamental te ter por perto mesmo longe.
Só que, feito meus cigarros, seu ar não me fazia bem sempre
até me sufocar
ver só seu sopro
e não teu rosto.
(e aqui eu rimo porque eu já te enderecei várias poesias)
Eu só queria respirar a mesma brisa do mar que você, já que o que você me sopra não é mais suficiente.

(eu tentei não escrever diretamente para alguém, mas é que eu tinha tanto pra contar)

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

O Gigante

A gente passa tempo demais pensando e consegue sentir. Sentindo aquilo que não se tem, não abre mão de ter que mentir. O que você não sabe dizer, ao menos tente um pouco fingir. Não traga referências demais você acabar e se confundir e deixar de aprender a sorrir.
Não seja grande demais, você ainda vai se perder, não dê razão para a fé, não deixe ela crescer mais que você. Não seja forte demais, todos eles vão saber e vão correr pra te derrubar pra te ver encarar seu lugar.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Outubro ou nada

Coloca aquele filme que faz piada com a tristeza, quem sabe eu consigo me achar cômica por tudo que vivo.
E se tudo é feito de metades, como eu já escrevi, cadê meu pedaço de torta?
Eu só estou torta, sem rumo e fumo.
Trago o cigarro
e trato o acaso.
Esses dias que eu me sobrevivo, que eu fico boiando, esperando as direções me alcançarem, porque, sinceramente, eu já cansei de me esforçar para nadar. Me esforçar pra nada.
Olha para quem já cresceu, você quer ser como eles?
Eu também não queria, mas sou metade.
Metade suficiente para te afetar.
Estar.
Que lugar é esse que eu cheguei com vinte e poucos anos?
Eu sei que eu não estou onde queria, mas eu também não pirei, não joguei as coisas no ralo.
Eu nunca gostei do meio e sempre deixei isso claro nas mensagens.
Talvez eu exploda nesse sábado, catarse que eu já senti de tristeza.
É que eu acho que vou estar bonita cantando bem alto as músicas da minha banda favorita, como se eu soubesse que vou ser feliz daqui há dois dias.
Como se eu soubesse que vou ser feliz daqui um tempo.
Como se eu soubesse com outra idade
o que eu já achei que sabia
e era só metade.

Pois é, até onde o destino não previu sem mais atrás, vou até onde eu conseguir. Deixa o amanhã e a gente sorrir que o coração já quer descansar. Clareia a minha vida, amor, no olhar.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

choro pra lavar tudo que eu pûs em você
e que não existe

L

Eu te quis tanto que a gente não deu certo antes de começar, eu te imaginei com mais frequência, te fiz acontecimentos em sequência, meus batimentos e sentimentos todos dentro de uma caixa que eu te endereço do dormir ao acordar e, sinceramente, meu amor é tão bonito que você também me perde.
É que eu tenho essa mania, quase cisma e até karma de me entregar demais para as coisas que eu amo. Eu não vejo o que te trouxe a mim, mas eu te enxergo. Essas pessoas elas só te olham, guardam seu lugar, mas não tem cuidado de te perguntar porque você gosta tanto dessa música. Eu quero entender como você funciona, quando você se emociona e isso me faz gostar-ainda-mais-de-gostar-de-quem-eu-gosto.
Acho que eu teria aguentado se eu não percebesse que quando você me dizia estar indiferente com a vida você estava diferente de mim e acho que eu não gosto muito do jeito que você cresce de uma semana para outra. Você cresce rápido em um tempo que eu já cresci, tem muita coisa que martela nossa cabeça nessa idade, fica difícil até parar para respirar imagina se entregar.








Poema de batalha

''Sabe quando aperta-te o peito, angustiado permanece preso? Tente respirar com todo esse peso. Sufoca a alma e o orgulho. Pensa que quero ferir-te.
Machuco a ti e a mim.
Equivocos são como pedras atingem a cabeça que se põe a ressoar. Vibração que arde corta o coração.
Retalhos de sentimentos largados pelo chão, colho-me, varro-me.
Aspire meus erros e me jogue fora, limpe os vestígios, lustre os absurdos com esforço talvez se tornem glórias.
Procuro a fronteira que me separa da exatidão, sou imigrante não tenho permissão choco-me com a guarda violentamente.
Mas sou fraca, perco a batalha sangrenta tanto sofrimento asteio a bandeira da paz.''




segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Bebi pra te esquecer lembrei em dobro

Dormi pra te esquecer lembrei em dobro
Dormindo seu boa noite.

Acordei pra te esquecer lembrei em dobro
"Amanhãsendo" você

Comi pra te esquecer lembrei em dobro
É que eu quis te contar que eu estava comendo aquilo que você adora.

Dancei pra te esquecer lembrei em dobro
Tocou nosssa música.

Lembrei pra te esquecer em dobro

Você pode ter sido a pior das decepções mas resultou na minha melhor frase.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Passa por cima.

Todo dia eu me desenho para você, me contorno passando caneta por cima do desenho que eu sou a lápis. Eu sou tão melhor nos olhos de outra pessoa.
Nada me ensina mais sobre mim do que o amor. Puro. Pleno. Meu.
É só o que eu sinto, pouco vivo, mas me faz viva.
Onde você tá todos esses anos, amor?
Onde que você já existe?
Por que não há você na minha sala enquanto eu passo nosso café?
Você já havia, mas não vinha. Se eu pedir, você vem?
O que há de ser para nós se já somos?
Eu sempre soube que tudo que eu escrevo é de alguém.
Tudo que eu escrevo agora é seu.
Todos os contornos de cada letra com só uma pessoa na cabeça.
Fica comigo que eu quero passear meu lápis nas suas folhas em branco.