sexta-feira, 18 de julho de 2014

Carta para o futuro.

Ana,
Desculpa se não deu pra gente ganhar o mundo. Se a gente não deixou todo mundo que passou por nós sorrindo.
Não deu pra terminar aquele livro, mas deu pra terminar vários, comprei até outra estante. E tá cheio de instantes é só fechar os olhos e abrir o coração.
O final do livro ficou lindo, nada "autopiedoso" como você tinha medo. É o gráfico perfeito do amor. Daquele seu primeiro amor, da garota do litoral com olhos escuros e grandes.
Você parou de se vestir dessa autopiedade, desse sorriso para baixo, toda vez que alguém falava sobre amor, agora só cresce. Essa menina do sorriso aberto que a gente sabe que ama hoje no ponto mais alto que nosso suspiro já chegou. E o coração pulsa forte, parece que quer pular por aí contando para todo mundo que amor é sorrir sozinho no meio da multidão séria.
Seus amigos estão todos por aqui, fazendo aquele círculo gigante e te trazendo as melhores risadas e os maiores ombros na hora de chorar. Se espalhando entre zona norte, interior e o resto do mundo.
A família tá aqui guardada debaixo do braço e aquecendo o coração. Você cumpriu a promessa de dar mais orgulho do que decepção.
Não dá pra saber o que você se tornou porque você nem sabia o que queria, mas com esse sorriso, se a gente não ganhou o mundo, ele nos ganhou.