quinta-feira, 19 de junho de 2014

Balde de água fria.

Eu penso muito no futuro, todos meus medos devem vir daí. Só que, como quase tudo em mim, é contraditório, porque de repente eu faço alguma coisa sem pensar que muda todo o rumo da minha vida.
A gente tem que aprender a lidar com a frustração, com as expectativas. Se eu vivo de esperança eu também consigo viver com a falta dela. Vivo molhada pelo balde de água fria. Meu presente pra mim.
"Toma, Ana, lida com isso ou não lida já que é assim que você resolve." Eu nunca seco, só sinto o frio.
Lembro claramente de frases seguidas pelo meu nome que, metaforicamente, é a mesma coisa que se tivessem jogado o balde. Lembro porque nunca me sequei dessas frases. Lembro porque água não doía até então, mas agora queima.
De repente alguém aparece com alguma toalha.
Consigo me secar, mas o peito não para de queimar.
Contradição é meu complemento.