terça-feira, 10 de dezembro de 2013

"A vida é uma roda gigante, cada supressa é um frio na barriga."

A vida não é roda gigante.
É xícara maluca, porque enquanto a roda gigante gira, a gente gira em círculos menores em ciclos de todos os tamanhos.
Acelera a rodada e logo depois deixa lenta.
E de novo e de novo.
Depois ama tanto aquele ciclo que quer que ele dure mais até que ele te faça vomitar o prazer do momento anterior.
Não menos importante é a tontura que, a quebra ou briga e até decepção, causa.
E chora de tanto rir. E sorri enquanto chora.
Nem sempre acompanha o ritmo, mas sente a mudança, mesmo querendo mudar.
Mais ainda quando não quer.
Grita alto porque causa tanta euforia que não cabe aqui dentro.
E quando está quase parando, resolve girar na direção contrária.
Na revolta procura o caos dando voltas.
Roda muito rápido e só percebe quando diminui.
Enxerga as coisas a sua volta.
Sente saudades da rodada anterior e de todas as outras.
Aprende a controlar quase todos os ciclos.
Até que um dia se prepara e para.


Se levanta e deixa as pessoas continuarem.