terça-feira, 10 de dezembro de 2013

"A vida é uma roda gigante, cada supressa é um frio na barriga."

A vida não é roda gigante.
É xícara maluca, porque enquanto a roda gigante gira, a gente gira em círculos menores em ciclos de todos os tamanhos.
Acelera a rodada e logo depois deixa lenta.
E de novo e de novo.
Depois ama tanto aquele ciclo que quer que ele dure mais até que ele te faça vomitar o prazer do momento anterior.
Não menos importante é a tontura que, a quebra ou briga e até decepção, causa.
E chora de tanto rir. E sorri enquanto chora.
Nem sempre acompanha o ritmo, mas sente a mudança, mesmo querendo mudar.
Mais ainda quando não quer.
Grita alto porque causa tanta euforia que não cabe aqui dentro.
E quando está quase parando, resolve girar na direção contrária.
Na revolta procura o caos dando voltas.
Roda muito rápido e só percebe quando diminui.
Enxerga as coisas a sua volta.
Sente saudades da rodada anterior e de todas as outras.
Aprende a controlar quase todos os ciclos.
Até que um dia se prepara e para.


Se levanta e deixa as pessoas continuarem.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

aquele meio segundo

em que a gente percebe que vai ser beijado e fecha os olhos.
ou aquele meio segundo
em que a gente vai beijar alguém e consegue ver os olhos se fechando, como uma entrega.

e é a última vez que a gente raciocina até o fim.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Eles passarão, eu passarinho...

Quer saber? Eu te amo. Pra caralho. Mesmo.
Só que eu não desejo sua felicidade com outra pessoa que não seja essa trouxa que está te escrevendo. Tomara que você se foda, que procure em todos esses corpos o meu corpo, o meu sorriso, meu nome e tente todos os dias esquecer da minha voz te dizendo o quanto eu te amo. E que todo esse vazio nunca se preencha. Até porque você nunca me deu valor. Eu te amo de qualquer jeito e todos os dias com a mesma intensidade. Não desejo bem, pra quem me faz mal. Me faz triste e se faz triste. É egoísmo do mais nojento, mas é sentimento.
E sobre isso você deve entender, todas as vezes que eu choro te pedindo de volta. Aquela felicidade que você sente lá no fundo (ou até no raso) em me ver sofrer.
E se tem uma coisa que eu aprendi com isso tudo, é não trocar minha felicidade pela sua.