sábado, 6 de outubro de 2012

Esquadros.

Eu ando pelo mundo e as vezes esqueço de olhar todas cores, de prestar atenção em tantas coisas, artes de rua, claramente inspiradas em Almodóvar e Frida. Trago tantas cores comigo. Cores, coisas e cores das coisas. Pego emprestado outras cores por aí.
Passeio pelo escuro, mas prefiro passear pelo claro, cores claras e vivas.
Presto bem atenção no que meus irmãos ouvem, só pra ter certeza que não quero ouvir aquilo.
Eu ando pelo mundo, mas nunca senti a dor da fome que eu assisto as pessoas que fuçam o lixo sentir. A dor de dormir em praça pública e cheirar o que não agrada a ninguém. A pior das dores é não agradar a ninguém.
Eu ando pelo mundo e os automóveis correm do trânsito. E tanto trânsito pra que?
Meu amor é meu lado oposto, que conhece todos os meus modos.
Eu escrevo para quem?
Para todas as janelas e portas também. Deixando quase todas elas abertas.  E sei muito bem quem é ela.  Ela é minha e a gente se enquadra sem controle.
Eu ando pelo mundo e meus amigos estão sempre por perto, me trazendo pequenos momentos de felicidade. Poucos me deixaram sem se despedir. Tem tanta gente ao meu lado, andando pelo mundo.
Pelas ruas, janelas, caminhos, chorando nos Iphones e brincando de crescer.

* Esse texto foi claramente uma relação com a música Esquadros*
http://letras.mus.br/adriana-calcanhotto/43856/