domingo, 23 de maio de 2010

Me Ama Porque eu sou de Áries - Quilos de verdade.

Eu adoro cartas acho que tem uma entrega absurda dentro delas, por isso sempre escrevi várias, mas sem mandar, escrevo cartas de amizade, cartas de amor.As cartas são o climax de qualquer leitura. E eu quase choro quando escrevo algumas e fico tentando esconder me achando ridícula. Mas sabe, eu acho que quando o choro é verdadeiro as pessoas admitem vícios para tentar disfarçar o choro, seja passando a mão nos olhos, seja olhando para cima, seja coçando o nariz.Disfarçar um choro é uma arma para quem não quer dizer que aquilo está emocionando. Por isso o capitulo de maio do Me Ama Porque eu sou de Áries é especial.No final do post tem os capitulos anteriores.

"Oi, meu barquinho de papel.
Seguinte, estou escrevendo um livro para você e sobre você.É que você é uma marcação na minha vida.Eu tenho uma divisão tipo antes e depois de cristo, que é antes e depois de você.Neste livro eu te coloco de todas as formas, sempre declarando esse amor do tamanho do oceano que eu tenho por você meu barquinho que navega dentro de mim, sempre estacionando no meu coração. Na verdade eu nem sei se os barcos estacionam.Não uso cronologia para te escrever, coloco as palavras de acordo com as lembranças mais intensas. Associo nosso amor a um jogo de xadrez. Unindo meu amor e a razão de um jogo de lógica. Usando o paradoxo de que não há lógica em você e muito menos amor no xadrez.
Eu num sei muito bem o que sobrou no tabuleiro do nosso amor, você comeu minha vida e me cuspiu bruscamente me deixando assim com uma mão na frente e outra atrás, assim morrendo em vida.O que você fez comigo? Não é possível que você não sinta nenhum remórcio.
Desculpa não consigo me controlar, você diz que fui eu quem não quis mais manter contato. É que para você é muito fácil me ver sem me querer.
Na verdade eu ando muito melhor, só não estou conseguindo colocar as coisas para frente, por isso decidi escrever o livro. Eu queria que existisse uma clínica igual a do O Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças,como não tem vou te colocar nesse livro e vender nossa história para outras pessoas. Depois fechar e te ler sabendo o quanto eu cresci por te amar demais.
Estou te contando isso para você não saber por terceiros. É que eu sempre fui a parte sincera do nosso relacionamento.
O nome do livro é Me Ama Porque eu sou de Áries. Nem preciso explicar o porque né? Mas você sabe que é única pessoa que me fez admitir perder sendo assim tão de Áries como eu sou.
É isso.Sinto saudades suas...
Está um pouco pesado carregar tudo isso.Cada dia que passa você desenha linhas que estraga a idealização que eu fiz de você. A gente conseguiu ser tanta coisa e você apodreceu tudo. Você vomitou nosso amor de uma vez só, como se aquilo te fizesse muito mal.Está difícil te levar nas costas e no coração.
Obrigado por me levar um pedaço, obrigado por amputar minhas pernas, e me deixar assim sem saber caminhar.
PS: há quilos de verdade em mim.
Oceano que está virando uma pedra de gelo, congelando as partes boas"

6 dizeres:

Marcel Hartmann disse...

eu leio isso e sinto que escreveram pra mim. assim, acabo formulando uma resposta pra cada carta.

minha carta pra você se faz assim:
um pouco de ti
um pouco de mim

o resto é pra depois.

Anônimo disse...

Cartas são maravilhosas, lembranças que nos consome diariamente.

devemos remetê-las a singelas arquiteturas momentâneas.

Raphael Trew disse...

Cartas são especiais pois demoram para chegar, nos tornando ansiosos e curiosos, tornando a leitura mais emocionante que um simples e-mail.

Quem chora escondido, derrama lágrimas mais frias e tristes.

Raphael Trew disse...

Um selinho para quem escreve pensamentos.

Tenho um selo para vc no meu blog.

Até !!!!

Unknown disse...

carambaaa! meu,se num post seu eu já viajo,imagina num livro *-* eu preciso do seu livro \õ/

Rodolfo disse...

Finalmente captei a importância - e a utilidade - dos personagens. Você me inspirou a buscar isso nos meus contos. Espero que possa criar uma mulher em minha mente ainda em breve.

Do seu leitor acíduo,
Rodrigo Lamas.