segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Duas "bolas redondas" em cima do nariz.

Os olhos tem um vício terrivel, este de procurar coisas para observar, de procurar imagens para disfarçar pensamentos ou pensamentos que partam de imagens. Uma coisa leva a outra num "vai-e-vem" de sentidos, num ciclo vicioso de pensar qualquer coisa sobre qualquer coisa que enxerga.Os olhos se repetem, se contradizem, os olhos são dissimulados.
Os verbos que partem dos olhos são os mais intensos, o de chorar e o de sorrir, já que ninguem consegue sorrir sem diminuir os olhos.
O quanto de expressão está nos olhos? O quanto de amor se traduz pelos olhos?
Os olhos mostram os disfarces.Os olhos mostram o sono, mostram o passado, mostram o dia anterior. Os olhos contam o passado próximo e carregam o passado distante. Os olhos vivem no presente e desejam o futuro, os olhos piscam, porque precisam de agua para viver assim como os seres humanos. Que tem deslizes em segundos seguidos para renovar sua vivencia.
Os olhos parecem humanos, porque carregam responsabilidade de chorar, de piscar e de se mover em função de outra coisa redonda.
Os olhos quando tristes deixam uma parte de si para o resto do rosto e caem sobre a face. Os seres humanos quando tristes deixam os olhos caírem e molham a face para sobreviver.
Os olhos vivem com medo e abusam do reflexo, os olhos veêm coisas mesmo quando estão fechados, sonhando e projetando imagens que o cérebro quer ver.
E até os cegos sabem reconhecer o valor do beijo de sobrevivencia que os olhos dão.

1 dizeres:

Marcel Hartmann disse...

O olhar tem uma linguagem universal.