quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Sobre um momento.

-Traz o mundo pra gente, deixa entrar a chuva pela janela, deixa eu me molhar um pouco antes de chegar em casa.
-Quer gritar, eu deixo...
-Me deixa correr um pouco nessa grama, olha esse eco na escada de incêndio.
-Eu gosto quando você fica assim, principalmente na escada de incêndio.
-Canta aquela música para mim, e deixa o seu violão molhar na chuva das 18h.
-Você fica incrível na chuva...
- Eu estou sorrindo, canta alto, canta pra mim, depois sorri.Eu amo seu sorriso.Toca aquele acorde que sou eu.
- Que lindo isso!
- E todas as músicas falam de alguém que sofre por amor.Ou sobre desamor.
- Você num tá vendo, o amor motiva as canções.
- Canta alguma música que fale bem de um amor.
- “Ver tua beleza é esquecer tudo que há de triste”
-Chega de música, larga o violão e recita um poema modernista
- O mundo é grande e cabe/nesta janela sobre o mar./O mar é grande e cabe/na cama e no colchão de amar./O amor é grande e cabe/no breve espaço de beijar.
- Drummond.Quero que esse momento lindo seja refletido em arte.



Alguém que vive tendo alguns “clicks” de loucura, alguém que vive fugindo da rotina. E alguém que ama descontroladamente a ponto de achar tudo lindo.A cegueira do amor que se transforma no fugir de si, fugir da vida que a gente mesmo constrói ( e destrói). Todo dia é um bom dia pra ler “um amor”.

1 dizeres:

Marcel Hartmann disse...

Ser cego de vez em quando faz bem à saúde.