domingo, 31 de janeiro de 2010

Ainda há páginas em branco.

Tudo que eu vejo é uma pagina de Word preenchida por algumas letras digitais, algumas palavras vagas, alguns disfarces de vida. Minha criatividade não vem mais ao mesmo tempo tenho vontade de escrever de falar sobre algo, eventualmente, amor, ódio, dor, você, eu, sobre tudo e sobre quase nada.quero reunir várias palavras em um sentimento só, desses tantos que estão na minha cabeça.Dessa escolha que eu fiz, que eu sou, que me traz um fardo e que cada vez mais eu me libero para mim e por mim. E é isso. E sou isso.

Gostaria de ficar na chuva, eternamente, sem pensar em mais nada, que assim não dói.


As frases são momentos em que se perde tempo se identificando com o outro.

O tempo é algo que era o escravo e agora nos faz escravos.

Todas as portas somos nós que fechamos. E todas as portas somos nós que abrimos.

A ira é um sentimento intenso e traidor.

O amor é inexplicável aos olhos do agente.

Deus é o Papai Noel não patrocinado pela coca.

Sempre dizendo coisas, mas nunca querendo dizer.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

3x Chuva.

Chuva
Imagine que todas as gotas são pessoas e que elas escolhem por quem elas querem morrer, porque uma gota morre quando toca algo.E as pessoas escolhem morrer pelas outras. Ela encosta em você ou você nela e deixa um pouco de umidade e amor e depois morre deixando saudades e novas gotas caem, novas pessoas se amam e muitas pessoas morrem. E algumas não desfrutam do prazer de tocar o amor e morrem caindo no chão ou em qualquer outra coisa menos intensa que o "ser humano".
E cada gota tem o seu destino pronto desde que sai do céu.



Chuva

A chuva é o suor
De um céu
Que se esforça todos os dias para ser manha
Tarde noite e sonho.



Chuva

E todos os pingos demonstram alguém,
São Paulo,Transito, enchente
As piscinas naturais de gente
e todos os estragos são de quem?

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Talvez eu tenha dito, mas você não quis ouvir minhas palavras vazias.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O gerúndio do corpo

Eu estalo os dedos, o pescoço e as costas todos os dias.

Esse atrito dos ossos com um barulho que te deixa com aflição.
que faz você me chamar de ‘louca’ e que segue um sorriso mostrando todos os dentes.
Num são só os meus ossos que fazem barulho quando colocados um para o outro, mas os meus sentimentos também, eles fazem muito barulho, eles me machucam e você ainda assim me chama de “louca” e segue uma lágrima mostrando todo o meu esqueleto de adrenalina.

Você sempre estala os dedos quando está perto de mim e sabe que eu tenho aflição. Você sabe que quanto mais você pensa nos seus sentimentos por mim, mais você tem dúvidas.Eu te machuco sem querer, na verdade eu te machuco porque você quer se machucar.Você força os dedos para ouvir o barulho, você me força para ouvir a verdade horrível, que é a minha de não te amar tanto assim como você.

O corpo (É) humano é sensacional, todas as veias, todos os ossos, tudo se movimentando, tudo vivo, tudo regulado.E todos os atritos dos órgãos, e todos os papéis, como algo Marxista.
Teorias não são o suficiente para a união do meu corpo funcionando e da minha cabeça desmoronando, do meu coração que dói.
E todos os meus estalos funcionam no gerúndio
E todo o seu desamor acontece agora.

***&***

Gente, eu estava viajando, sabe, eu sei lá. Tentei fazer uma comparação entre o estalo dos dedos e o estalo dos pensamentos, eu acho que ficaria melhor, achei horrível. Faz tempo que eu num converso assim diretamente assim com os meus leitores.Ultimamente estavam só nas escrituras ficcionais. Eu sei lá. Espero que eu ainda tenha leitores, porque a todo momento meus visitantes aumentam e eu nunca sinto os meus leitores fiéis. Acho que eu preciso de coisas recíprocas.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Sobre um momento.

-Traz o mundo pra gente, deixa entrar a chuva pela janela, deixa eu me molhar um pouco antes de chegar em casa.
-Quer gritar, eu deixo...
-Me deixa correr um pouco nessa grama, olha esse eco na escada de incêndio.
-Eu gosto quando você fica assim, principalmente na escada de incêndio.
-Canta aquela música para mim, e deixa o seu violão molhar na chuva das 18h.
-Você fica incrível na chuva...
- Eu estou sorrindo, canta alto, canta pra mim, depois sorri.Eu amo seu sorriso.Toca aquele acorde que sou eu.
- Que lindo isso!
- E todas as músicas falam de alguém que sofre por amor.Ou sobre desamor.
- Você num tá vendo, o amor motiva as canções.
- Canta alguma música que fale bem de um amor.
- “Ver tua beleza é esquecer tudo que há de triste”
-Chega de música, larga o violão e recita um poema modernista
- O mundo é grande e cabe/nesta janela sobre o mar./O mar é grande e cabe/na cama e no colchão de amar./O amor é grande e cabe/no breve espaço de beijar.
- Drummond.Quero que esse momento lindo seja refletido em arte.



Alguém que vive tendo alguns “clicks” de loucura, alguém que vive fugindo da rotina. E alguém que ama descontroladamente a ponto de achar tudo lindo.A cegueira do amor que se transforma no fugir de si, fugir da vida que a gente mesmo constrói ( e destrói). Todo dia é um bom dia pra ler “um amor”.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Porta e o vão.

A primeira vista é tudo muito confuso, esse armário de roupas velhas misturadas com novas, essa bagunça que a gente fez no nosso cantinho.Há um tempo você se propôs a nos arrumar e eu recusei.Eu te recusei.

Depois da confusão vem o reconhecimento e eu tenho preguiça de separar,de arrumar as roupas que eu usei quando estava com você, todas as camisetas, aquela sua blusa vermelha está no meu armário.E eu crio repulsa por saber que vai inalar aquele seu cheiro de cigarro que eu gostava.Eu “ te” gosto.
Aquela Hering branca ainda tem a mancha de café que você derrubou e os meus tênis sua assinatura de caneta bic.Eu te guardo.
Meu violão está no fundo da bagunça atrás do caderno de musica, é que eu não suporto olhar para ele e me lembrar de você tocando na rede, cantando lindamente, me encantando a cada acorde. Eu te sinto.
E os meus óculos estão em cima, perto do porta-retrato com a nossa foto, não consigo mais usa-los, já que era você quem os limpava para mim.Eu te repulso.
E vai ser sempre assim, eu vou enquadrar você na minha bagunça e te culpar pelas minhas derrotas pessoais, vou te culpar nas horas tristes, eu te quero pela metade e na verdade. Eu não te quero.
E esse seu silêncio hoje me corrói. Mas só hoje.



segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Me ama só porque eu sou de áries( livro)

Parte 3 do livro virtual, aqui está a  segunda parte

Sono e café morno.

Na hora de dormir ela me fazia rir, virava- se toda pela cama, às vezes até 360 graus.Eu gosto de observá-la dormindo, mas a noite eu fazia isso para rir.No cantinho passava horas a contemplando sonhar.Quando ela acordava eu narrava a sua noite de sono e ela dizia que eu estava exagerando.Eu acariciava seus cabelos , sua pele, ela.Só ela.Dormindo ela era bem mais intensa que acordada. Incrível como ela acordava bonita, piscava os olhos de sono, este que durava o dia inteiro. E já tinha que tomar café, ela é amante de café, se não tomar um café ao acordar, não vive o resto do dia.Mas minhas xícaras não foram o suficiente para fazê-la viver.

Sabe eu fico pensando “qual o grau menos zero que seria sem o café de intensidade?”. Eu explico, se com o café ela passava o dia morna, imagine sem. O grande amor da minha vida não apostou no açúcar do meu café e nem em como é difícil para um ariano acordar de bom humor.Eu fazia uma força e acordava de bom humor só para não perdê-la pelo resto do dia ou da vida.Eu sou um drama, mas todo ariano gosta de um “draminha”.Nos últimos dias nem passava as manhãs em casa, simplesmente, queria a intensidade do meu sexo, ou nem tão simples assim.Abandonava minha casa e deixava de herança o cheiro na cama, a marca no travesseiro e o café sem açúcar para eu beber.

*

Nem toda razão de um jogo de xadrez amenizou a minha dor de te ter não te tendo.
E quem será que foi insuficiente pra quem?

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

De pedra

Sou
Sou algo sem métrica
sou pós-moderna
Sou algo sem aritmética
sou uma incógnita
Sou um ponto de interrogação
no meio de uma palavra
Sou um problema sem correção
resolvido a mão

Verbo se(u)(r)
te amo
te beijo
te abraço
te sinto
te tenho
te faço em verbos e esqueço de me fazer.

De manhã
acorda e me olha
agora sim
terás um bom dia

Assim

Eu (não) tenho certezas
Sou um con
junto de duvidas
vivo sem dor
Sou deus
e
diabo
eu tenho o bem
e
mal
e
por você
a
cabo

domingo, 10 de janeiro de 2010

Recordação do presente.

Três amigas deitadas num colchão de um quarto rosa.As três amigas conversam sobre si mesmas, mas falam mais sobre outras pessoas.Contraditório, como as garotas.Pessoas que estão dentro delas.
três cumplices no meio da noite conversam sobre sexo e sexualidade. Elas assistem Closer. Falam sobre garotos e garotas.Desejos e planos.
Depois se abraçam de um jeito, que chega a transbordar amor.Erram palavras, falam palavrão, tiram fotos.
Elas sabem que mudaram de comportamento.Elas sabem que cresceram.Em alguns momentos demonstram nostalgia.Cafuné.Confissões, gírias, computador, música, deus, amor, sexo, estilo,planos...
Provavel que demore pra que elas se encontrem assim novamente. Saudade, vivencia, segredos, fofocas.
até o proximo verão.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Tem andado

Tem andado nostálgico
Tem andado muito limpinho
Andado muito educado
Andado muito casto
Porque andado
Enquanto
Outrora
Corria
 

domingo, 3 de janeiro de 2010

Honestidade

As pessoas estão a todo o momento querendo me classificar. Inúteis. Não me apego mais aos gêneros. A vida é curta demais para eu ler todo o grosso dicionário, que sofre mudanças a cada cinco anos. Não é nessa leitura que eu vou achar a palavra salvadora do meu sofrimento constante. Este sofrimento delicioso que é viver. Entender é limitado a condições, a regras, a egos.Superioridade. Quando cresci intelectualmente, acreditei por vezes que as coisas deveriam fazer sentido, mas isso é uma limitação, uma corrente para as pessoas que vivem apenas das coisas que tem um possível sentido. Eu não! Eu quero uma verdade inventada, uma mentira sincera. Porque no fundo eu quero quebrar minhas limitações, me mostrar ao mundo e desabrochar de um modo ou de outro.Quero minha alma livre de julgamentos racionais, já que para racionalidade a alma nem existe.
*
É, é bem melhor assim que todos pensem que eu sou totalmente o contrário do meu eu,quando eu manter esse equilíbrio estático e intacto, sentirei. Assistirei meu fim e descobrirei se realmente o presente existe.



E no fim das contas sou só uma imbecil.

sábado, 2 de janeiro de 2010

As pessoas não sabem dizer a palavra "problema"

E as pessoas se apaixonam por outras todos os dias, trocam olhares, amores e desamores.
E as pessoas se apaixonam pela mesma pessoa todos os dias.
E as pessoas disfarçam paixões.
E as pessoas estouram garrafas e assistem os fogos no ano-novo.
E as pessoas depositam expectativas nas outras pessoas.
E as pessoas depositam expectativas no ano novo mesmo antes dele começar
E as pessoas choram enquanto estão sorrindo.
E as pessoas cantam sempre a mesma música
E as pessoas fumam sempre o mesmo cigarro
E as pessoas gritam para chamar a atenção
E as pessoas bebem no mesmo copo
E as pessoas comem a mesma comida
E as pessoas preferem arroz branco
E as pessoas usam o gerundio errado
E as pessoas falam de outras pessoas
E as pessoas leem livros "best sellers"
E as pessoas acreditam em tudo.
E as pessoas são julgadas.

E as pessoas se julgam
E as pessoas sempre são rotuladas por verbos, que antes eram ações.

O problema dos brasileiros é não saber dizer a palavra "problema".
"pobrema"
"plobrema"