segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

medo danado de vibrar amor

E como é engraçada a relação do mar com a areia, a areia comum, esta que a gente pisa, senta, faz castelinho. O mar vem e volta, faz o que quer, tem sua base num grão, o seu toque em algo quase inerte. O vento arruma o que o mar molha.Uma metáfora de tudo que fomos, já que eu sou a sua areia sem reação e você o meu mar agitado, seu signo, sua personalidade, seu olhar, você.Quando você me toca, molha.E quando você me toca sem encostar, me toca com palavras, que molham meu rosto. Eu não consigo te escrever sem usar pronomes possessivos, eu não consigo falar da gente sem usar palavras evasivas e ao mesmo tempo sem ser direta. E várias pessoas existem na gente, entre a gente. Porque eu não gosto só de você e nem você só de mim. Você ama o seu passado e odeia o meu.O mar não tem só a areia e muito menos a areia só o mar, mas se completam. .E quantos segredos eles guardam ? Quantas vidas eles carregam?E quantas pessoas se sentem bem perto deles?
Aos poucos para não acabar antes do amor.De noite o mar cobre a areia e de dia a deixa livre.

3 dizeres:

Rodolfo disse...

Você escreveu isso? Se for, está na hora de mudarmos quem chama o outro de "crânio".

Marcel Hartmann disse...

Tudo, tudo, tudo absurdamente bonito. Senti aqui que tua mão já é experiente, deu até pra pensar que tu escreve há anos e anos.

demais, nada mais.

Unknown disse...

Analu tá in love.

Adorei esse texto.