sábado, 24 de outubro de 2009

Palavras que não existem no dicionário.

A festa tinha começado faz tempo, era a hora de dançar a dois, queria muito chamá-la para dançar.
Ensaiou no espelho, mas não conseguiu por em prática.
Tentou olhar fixamente para ver se ela se intimidava. Às vezes ela olhava e se os olhares se encontravam ela virava rápido. Isso fez ele achar que ela não queria. Pensou em conversar em particular.
Depois de beber alguns drinks, tomou coragem, levantou, exibiu confiança.
Ela sentada, linda, com o mesmo sorriso daquela vez do bailinho da quarta série.
Estava chegando perto, as mãos estavam suadas.
Quando estava chegando, alguém chegou e a levou, pelo salão todo, dançando.
E ele dançou na dança da solidão.
No terceiro colegial o mesmo momento se repetiu, o mesmo amor estava lá,do lado esquerdo e direito do peito.Nas mãos suadas, e nas dores de barriga. Dessa vez tinha perdido dias na academia, e dançado com algumas outras para manter a popularidade.Sempre desejando a mesma dança.
Tomou coragem, sentiu adrenalina.Confiança faltou, não era a primeira vez que arriscava sua noite entre euforia e tristeza, entre a ilusão e a desilusão, entre ela e a garrafa de vodca.
Sentou ao lado dela, a olhou nos olhos.Ela sorriu.Ele quase morreu.Pediu a dança.
Ela aceitou, a teve nos braços durante aquela musica, que ele lembra em forma de silencio, todos os sentidos tinham passado para a pele, para o contato.Viveu um sonho real.Mas a musica acabou a melodia apareceu e o silencio desapareceu.Alguém tinha a levado novamente.Ela nem olhou para trás.
E ele dançou a próxima musica na dança da solidão.
E as outras próximas da vida dançou com outras tantas estranhas, que nunca se encaixaram feito ela naqueles braços de saudade.

1 dizeres:

Marcel Hartmann disse...

Achei legal a expressão "dançou na dança da solidão".