quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Patético.

Eu a reencontrei hoje, o feriado foi longo sem ela por perto. Num entendo, num é normal quando ela viaja sem mim. Papai e Mamãe também foram viajar antigamente eu daria uma festa enorme, mas sem ela preferi curti minhas saudades. Essa também não matei. A visita que ela me fez foi bem rápida, mas agora vejo passando aqui pela minha cabeça vagarosamente o momento. Foco bem essa lembrança visual nos olhos, esses que nunca me esqueço, saberia até descrevê-los, mas seria como um plágio disfarçado do olhar já descrito por Machado. Olhar que não me puxa mais, porque tento não ir. Como distração beijo bocas de estranhos, depois fujo, não dos estranhos, mas de mim.Da minha mentira mesclada com álcool.Mais estranho seria estar com ela que não me quer.Preferi também, não perguntar sobre a viagem, já que me confessou ter ido acompanhada daquele, literalmente, palhaço.Desde que abri aquele livro verde que ela me deu tento entender como eu fui abreviado dela.O que aliais foi o e-mail que mais doeu.Eu disse que era mais fácil não olhar pro machucado enquanto doía, mas sempre tem alguém que coloca a mão sem querer, e se me permitem a citação terrível, "sem querer, querendo".Apertaram meu machucado que nem "casquinha" tinha formado, e eu chorei.Chorei quando li, e mais ainda, chorei por saber que era verdade, eu num sou nada mais que um passado abreviado, eu não sou mais o seu "você", agora eu sou o seu "vc" ou seu ex-amor.Ai, como esse prefixo me dói.Tenho que ir, preciso passar "merthiolate", pois está sangrando.
*
Você/Vc deveria ter feito alguma coisa para me ter.Ou me deter.
__________________________________________________________________________________



Estou lendo um livro que o protagonista sofre de amor.Isso está me influenciando, mais que isso me inspirando.
Tá eu tô lendo dois livros, que os protagonistas sofrem de amor e escrevem em primeira pessoa.
Ah, isso é Nina ou melho, Daniel.(personagens da merda do meu livro, a quem eu posso transferir pensamentos,e até sentimentos).

2 dizeres:

Marcel Hartmann disse...

Vai ser um livro que eu vou ter prazer em ler.

Rodolfo disse...

Eu acho que sofrer por amor é subjetivo demais. Afinal, sofrer por algo que nos poupa a dor, é no mínimo contraditório.